domingo, 21 de maio de 2017

Resenhando Amber Galactic



Imagina quando você esta procurando por um som novo, precisando escutar algo que te traga uma nova (ou velha) visão musical. Isso pode ser dito dos caras do The Night Flight Orchestra uma banda que tem alguns membros que são de grandes grupos suecos como o Soilwork e Arch Enemy, constituído por Bjorn “Speed” Strid (vocais), Richard Larsson (teclados), Sebastian Forslund (guiatarra/percussão), David Andersson (guitarra), Jonas Kallsback (bateria) e Sharlee D’Angelo (baixo). Quem conhece os outros trabalhos destes talentosos músicos esperaria com certeza um som puxado para o Thrash/Death Metal ou algo mais como um Metal Tradicional, mas quando colocamos este novo álbum Amber Galactic (2017) para tocar que é o terceiro deste projeto, podemos escutar umClassic/Hard Rock que flerta com Pop e New Wave para quem já ouviu ou conhece bandas como Asia, Kansas, Kate Bush, Journey, Steve Perry, Santana, Bon Jovi e Europe vai adorar as harmonias e variações aqui contidas.Na primeira música “Midnight Flyer” começa com algumas palavras sussurradas e aquela aura cheia de teclados e sintetizadores, vocais bem encaixados limpos que desfilam bem em cima da cozinha e das guitarras, alguns momentos são mais tensos e pesados e outros tem aqueles coros legais para preencher algumas lacunas. Já em “Star of Rio” começa com uma linha de guitarra bem seca e isolada, sendo trazido consigo a bateria com uma virada simples e os sintetizadores ao fundo, com a entrada de um coral bem bacana que por sinal está espalhado por grande parte da música lembrando um pouco até mesmo o som do Kansas que também tem grande influência sobre a banda. Eis então que surge uma das músicas mais divertidas do álbum “Gemini” que ganhou um clipe bem engraçado, nesta canção da aquela vontade louca de cantar, dançar ou simplesmente acompanhar batendo os pés no chão lembrando demais o som dos compatriotas do Europe da década de 80 altamente recomendado para quem gosta das bandas daquela década. “Sad State of Affairs” já tem uma pegada mais séria, pesada e um pouco arrastada se comparada com sua antecessora com forte ênfase das linhas de teclados que aqui está bem destacado e dá o andamento da música, com direito de solo e algumas passagens bem Blues. Continuando temos então “Jennie” iniciada por teclados, traz aquele som cheio de paradas e viradas que se usava muito na década de 70 nos remetendo aquela aura, mas depois caindo em um refrão extremamente Pop mesmo sendo bem clichê porem com harmonias cativantes e que prendem o ouvinte. “Domino” tem uma pegada totalmente Blues com linhas de sintetizadores bem New Wave, com slides de baixo e com aquelas progressões que lembra muito as músicas que tocavam em discotecas. Em “Josephine” tem uma pegada que lembra demais aquelas grandes canções do Journey que eles costumavam tocar em arenas lotadas nos Estados Unidos, desde o ritmo da musica até mesmo a escolha das timbragens dos instrumentos e a forma de Bjorn cantar tudo lembra fazendo uma pequena homenagem vamos dizer assim. A seguir temos “Space Whisperer” essa já com uma pegada mais frenética, rápida, galopante e direta com direito a sussurros no meio de uma das passagens que causa uma grande expectativa no ouvinte, sem contar o solo de teclado, bateria e guitarra com direito a várias viradas e fraseados de baixo até cair novamente em seu refrão. Caminhando para o finalzinho do álbum temos “Something Mysterious” uma música bem cavalgada e cheia de nuances, com destaque para os vocais que estão bem atraentes, bem construídos e com um apelo emocional muito forte. “Saturn in Velvet” penúltima música começa bem intrigante com linhas de guitarras e teclado envolvente, vocais cabalísticos até que em 1:18 ela vai por um caminho mais reto e seco que depois cai ainda em um refrão mais divertido e dançante podendo se dizer que talvez esta seja a musica mais progressiva e longa de todo o álbum, sendo altamente recomendada aos amantes de bandas como Rush e Asia por exemplo. Fechando com chave de ouro temos “Just Another Night” sendo um compacto de tudo que foi apresentado antes com um pouco de influencia de música caribenha principalmente nas percussões e saxofone! Para concluir temos um grande álbum de Hard Rock com músicos vindos de escolas bem diferentes que aqui só querem apresentar um som divertido, mas ainda assim muito bem feito todos desempenham seus papeis com muito louvor sem deixar brechas ou lacunas vazias em parte alguma das canções, aqui temos aquele tipo de som que se pode ouvir a qualquer momento e em qualquer lugar seja sozinho no seu quarto ou em uma festa de família pois é relaxado e descontraído abordando os temas de forma sossegada e sem aquela seriedade que impera nas bandas de Metal e até mesmo de Hard Rock da atualidade. Altamente recomendado aqueles que gostam de músicas dos anos 70/80 pois tem muita influência daqueles tempos ao se ouvir, muitas bandas e canções nos vem a mente e até mesmo alguns refrões específicos de grandes clássicos o que torna o som mais rico e como eles se basearam em outros tempos e outras pegadas sendo até mesmo notado isso nitidamente nos clipes, com trabalho de fotografia e imagem dos tempos do VHS. Sendo este o único adendo é que para quem gosta de ouvir músicas nos fones de ouvido, pode soar um pouco incomodo pois não apenas neste mas nos outros dois que antecederam a ele tem uma gravação e remasterização bem alta para talvez deixar todos os instrumentos e vozes bem perceptível. Aqui está uma banda que começou com um bom lançamento e vem evoluindo dentro do que se propôs a tocar, todos os álbuns são altamente recomendados sendo este não apenas nota 10 mas o mais maduro dentro do seu catálogo.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Resenhando Hymns For The Broken

Falar sobre este lançamento do Evergrey é um trabalho árduo, algumas reviravoltas e mudanças ocorreram. Três anos após o lançamento de seu ultimo álbum Glorious Collision (2011) sai Hymns For The Broken que trás a volta dos músicos Henrik Danhage (guitarra) e Jonas Ekdahl (bateria) substituindo os seus substitutos, Marcus Jidell (guitarra) e Hannes Van Dahl (bateria). Ambos tocaram na banda até meados de 2010 quando saíram sobre a alegação de buscarem novos ares musicais e também dizendo não querer afetar a amizade com Tom e Rikard que permaneceram, muitas expectativas foram geradas já que esta formação gravou um dos álbuns mais conhecidos, mais bem aceito tanto pela critica musical e admiradores do estilo mundialmente The Inner Circle (2004) que colocou o Evergrey no circuito mundial de bandas de Metal. Então a formação na qual gravou este álbum tem Henrik Danhage (guitarra), Johan Niemann (baixo), Rikard Zander (teclado/sintetizador), Jonas Ekdahl (bateria) e por ultimo Tom Englund (vocal/guitarra) sendo o único remanescente da formação original e primaria da banda exercendo também a função de letrista sendo a alma por trás desta caminhada que completou vinte anos. O que se encontra aqui é um passo além de tudo que já foi feito, ousadia e novas influencias musicalmente a diferença para o trabalho anterior é gritante, mais bem gravado e cristalino que ficou sobre a tutela da mixagem final de Jacob Hansen um dos mais renomados produtores do estilo atualmente tendo uma experiência como guitarrista, vocalista e letrista em algumas bandas além de já ter produzido, mixado e masterizado inúmeras bandas como Volbeat, Rob Rock e Destruction por exemplo. Sabendo disto o que podemos dizer das músicas em si, encontramos aqui influencias de Metalcore, Grunge (?) e Pop com uma pitada do Dark Metal praticado pela banda abrindo o álbum “The Awekening” traz inúmeros sons como gritos, barulho de cavalos, água corrente e helicóptero com uma voz fazendo uma citação bem interessante fazendo o ouvinte ficar curioso pelo que vira. Seguindo com “King Of Errors” primeira música de trabalho com um clipe muito bem feito e trabalhado, a música tem uma levada em meio tempo lembrando trazendo aquela tristeza e escuridão sendo o grande destaque a qualidade vocal de Tom e um solo duplo das guitarras bem trabalhado. “A New Dawn” á entrando com uma pegada que lembra um pouco a fase do álbum Recreation ela traz riffs cavalgados das guitarras, uma bateria direta em alguns momentos e cheia de swing em outros, baixo cheio de slides e um maravilhoso trabalho dos teclados que em alguns momentos tem umas frases puxadas para o Jazz/Blues. Logo após quebrando o peso da canção anterior temos “Wake A Change” esta que com certeza é a mais fraca do álbum, sendo ela totalmente Pop e com um refrão simples e mais direto aquele que gruda na mente por sua simplicidade. “Archaic Rage” segue trazendo linhas de teclados e sintetizadores bem obscuros e profundos com riffs cavalgados, sendo esta uma música bem intuitiva e trazendo a tona a influencia Metalcore. Esta aqui traz as influencias de Grunge lembrando muito o Alice Chains “Barricades” com um excepcional trabalho de Rikard nos teclados. “Black Undertow” é uma das mais soturnas do álbum com certeza, com um começo carregado de tensão, efeitos de tiros, explosões e falas por radio aonde o instrumental é impecável, em alguns momentos mais diretos trazendo um solo de guitarra com mais forte pesar do coração e outro mais trabalhado levando o ouvinte literalmente para dentro da guerra. Já “The Fire” entra quebrando tudo literalmente, pesada, rápida, caótica e insana a Lina vocal e instrumental lembrando os tempos mais macabros da banda principalmente a parte com o coral infantil trazendo o pesar das crianças em meio à guerra. Por ser a música titulo do álbum “Hymns For The Broken” segue a mesma linha da música de trabalho em meio tempo, com um solo simples e leve com grande destaque as linhas de teclado. “Missing You” é o tipo de balada que é uma marca do Evergrey, piano, voz e muito, muito pesar com certeza o grande destaque vai para o vocal de Tom que esta marcante. A canção mais tensa e carregada chega para quebrar a calma e melancolia “The Grand Collapse” é tensa do inicio ao fim entrando com uma levada rítmica cheia de swing e tenebrosidade, um vocal carregado de desespero aqui verdadeiramente se faz um maravilhoso e breve resumo do Colapso trazendo efeitos de tanques, vozes, sussurros, tiros, helicópteros e sirenes jogando o ouvinte no meio do caos com certeza um dos maiores destaques deste lançamento. Encerrando a versão simples do álbum temos a balada “The Aftermath” fechando de forma bem calma, complementando a versão Digipack com bônus temos as versões para piano das músicas “Hymns For The Broken, Barricades e These Scars” destacando a primeira citada que contem a participação de Carina Englund que apareceu de forma insignificante na frase cantada pelo coral da canção “A New Dawn”. Pode-se afirmar aqui que a banda optou por uma pegada mais simples, pop, direta e bem produzida para aqueles mais saudosistas que esperavam algo na linha dos CDs, In Search Of Truth, Recreation Day ou The Inner Circle devem passar longe deste álbum ele traz o mínimo destes que definiram o Evergrey até uma década atrás. O fraco desempenho talvez se de aqui por causa do grande apelo comercial das musicas e refrões repetitivos demais, contendo inúmeras baladas/semibaladas com a falta de solos de guitarras mais cativantes e incisivos como nos álbuns anteriores. Nota 5.

domingo, 17 de agosto de 2014

Evergrey o Novo/Velho?!

Três anos e alguns meses se passaram chegando a hora dos suecos do Evergrey lançar mais um álbum em sua imponente discografia, uma banda que esta para completar vinte anos de carreira em 2015 tem oito álbuns de estúdio e um DVD/CD ao vivo. A banda agora esta divulgando a sua nova musica de trabalho intitulada “Kings Of Errors” que fará parte do novo álbum intitulado “Hymns For The Broken” com o lançamento previsto para o dia 26 de setembro na Europa e dia 30 para a America do Norte, além disso a banda passou por mais mudanças saíram o guitarrista Marcus Jidell e o baterista Hannes Van Dahl que gravaram o ultimo álbum “Glorious Collision” para a volta dos músicos Henrik Danhage (guitarra) e Jonas Ekdahl (bateria) ambos haviam deixado a banda no inicio de 2010 alegando diferenças musicais e seguiram com a outra banda da qual fazem parte chamada Death Destruction que já teve também o tecladista Rikard Zander do próprio Evergrey nos vocais no começo, praticando um som bem diferente um Groove Metal com influencias diretas e latentes de Pantera. Agora com a volta destes dois músicos o que esperar? A primeira musica de trabalho qual a direção aponta? Jonas e Johan criaram uma cozinha versátil e harmoniosa assim como no álbum anterior? E quais as novas experiências que os rapazes que voltaram trouxeram a banda? São muitas as perguntas e quase todas já possuem uma resposta concreta, o que esperar com a volta de Henrik e Jonas claro que se criam muitas expectativas já que ambos fizeram parte do longo crescimento da banda principalmente há 10 anos quando eles gravaram o “The Inner Circle” que mostrou o Evergrey ao mundo todo de forma meteórica, agora a nova musica aponta uma direção entre o “In Search of Truth” e “The Inner Circle” trazendo a pegada do primeiro e a dinâmica do segundo mais uma pequena pitada mais Pop e acessível em algumas partes da música, Jonas e Johan neste primeiro momento mostram harmonia mas nenhum dos dois por enquanto esbanjam criatividade ou técnica acima do normal ate porque a intenção desta música acredito que seja apenas para mostrar que a banda esta de volta e esta ultima pergunta é uma daquelas que só teremos resposta quando sair o álbum completo pois é difícil identificar o que Jonas e Henrik conseguiram trazer de novo para banda neste primeiro single lançado. Nas considerações finais pode-se dizer que a banda mais uma vez se reergue e se renova o “novo/velho” Evergrey esta de volta como sempre trazendo aquele clima cinzento, opressivo, doloroso e tenebroso algo que não ocorreu em “Glorious Collision” que tem uma visão bem otimista e esperançosa para o estilo que a banda sempre se propôs a fazer agora é esperar ate o finalzinho de setembro para ver o que Tom, Henrik, Jonas, Johan e Rikard prepararam para os fãs, Stay Grey...

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Resenhando Hellakin Riders

Muito se escuta falar que São Paulo e Rio De Janeiro são as cidades do Rock no Brasil, alguns canais da imprensa tem a picaretagem de falar que ainda do Rock Pesado bom, mas vamos e convenhamos sabemos que isso é falácia pois por aqui o que prevalece é futebol, cerveja, carnaval e novela fazendo muitas bandas de Metal nascerem e morrerem prematuramente até mesmo quando vai se fazer um som próprio tem que se enfrentar o espaço cedido com muito carinho as bandas covers e gringas que vem atualmente fazer turnê Brasil afora já que seus continentes estão vivendo crises crescentes certo?! Mas talvez isso dê um brilhantismo a mais para as bandas que surgem aqui e tentam galgar seu espaço provando que nada devemos ao que vem de fora, com certeza um dos maiores guerreiros do estilo é o vocalista Mario Linhares que montou a banda Dark Avenger em Brasília fazendo um Power Metal primoroso com vocais fantásticos gravou dois álbuns sendo eles  o auto-intitulado Dark Avenger de 1995 e o Tales Of Avalon: The Terror de 2001, logo após isso veio o EP X Dark Years de 2003 lembrando também que o primeiro lançamento da banda foi a Demo-Tape Choose Your Side.. Heaven Our Hell de 1994. Aonde o que vigorava era aquele Power Metal com uma pegada aliada ao Metal Tradicional, mas com o tempo veio o desgaste da formação que a fez encerrar as atividades no festival BMU (Brasil Metal Union) no ano de 2005 aonde o único músico da banda a participar foi Mario Linhares com colegas de outras bandas que tocaram guitarras, baixo, teclado e bateria mas ainda nessa apresentação ele se despediu prometendo voltar o quanto antes e no outro dia no mesmo festival se apresentou com o Harllequin sua nova banda aonde na sua formação estavam Fabricio Moraes guitarras (ex - Dark Avenger e ex - Abhorrent),  Cesar Zolhof bateria e percussão (ex - Khallice), Pedro Val teclados e Caio Duarte baixo (Abhorrent e Dynahead) sendo que nesta primeira apresentação lhes rendeu o cd e DVD lançado de forma independente Live In São Paulo contendo as músicas inéditas Going To War, Hellakin Riders, King of The Dead, The Bride e Riddle aonde se podia ver uma amostra do que viria pela frente.  E desde então a banda passou apenas a fazer shows, lançando o EP King of The Dead em 1 de março de 2005 contendo quatro das cinco músicas tocadas nos shows mais o cover da Welcome Home de King Diamond sendo este de tiragem pequena lançando pelo selo Orbs Estúdio  seguindo de mais inúmeros shows durante os três próximos anos quando ia então lançar o álbum completo Archangel Asylum que continha mais quatro canções inéditas totalizando nove faixas, já estava com clipe produzido e a capa do cd pronta para o lançamento, quando de repente surge o anuncio do fim das atividades da banda no dia 18 de agosto de 2008 com isso vieram quatro anos na geladeira quando em 2012 Mario Linhares anuncia a volta do Dark Avenger com o álbum Tales of Avalon; The Lament o que soou como um choque elétrico para muitos fãs de Metal no Brasil pois a volta sempre foi muito esperada neste mesmo ano anunciam a volta do Harllequin com o lançamento tão esperado só que agora com titulo novo, nova capa e nova formação. Hellakin Riders é um álbum primoroso que a muito já estava pronto, masterizado e finalizado desde o ano de 2008 sendo que a maior novidade do álbum é a décima música, abrindo com um soco bem seco no tímpano temos Three Days In Hell o nome da música é de arrepiar a introdução com o solo de bateria faz qualquer um se arrepiar trazendo junto riffs dilacerantes de guitarra, um baixo pulsante bem Prog Metal com os vocais gritados e agudos estendidos lembrando bandas como Grim Reaper e Judas Priest. Em seguida temos Archangel Asylum que entra de modo bem enigmático devido aos climas de teclado, dando espaço para mais uma pedrada monstruosa em uma linguagem direta em alguns momentos e em outro cheio de tempos quebrados e paradas insanas. Going To War já é uma faixa bem mais direta e seca aonde os vocais são mais graves e bem mais tenebrosos com agudos espalhados por quase todo lado fazendo desta uma das canções mais raivosas do cd sendo que nela tem uma passagem bem tântrica aonde as linhas de baixo junto das caixas da bateria fazem um trabalho excepcional. Abrindo com riffs de guitarras bem Doom Metal, linhas soturnas de teclado assim começa Overshadow que logo após tem uma passagem bem Thrash/Death Metal impressionante a mistura visceral que se encontra nesta canção aonde se encontra muito espaço para as linhas de baixo. King of The Dead com certeza é aquela faixa que traz a cara dos anos 70/80 de bandas do estilo NWOBHM (New Wave Of British Heavy Metal) aonde as guitarras são bem sujas cheias de escalas e vocais altíssimos que tocam no mais profundo da alma do ouvinte. Hellakin Riders faixa titulo do álbum com certeza é espantosa pois traz um andamento insano no seu começo, caindo em algo mais soturno no meio com linhas de teclados que fazem lembrar muito dos climas que King Diamond conseguia tirar com a sua banda Mercyful Fate nos seus contos de Horror. Continuando temos The Riddle que com certeza é a que mais se aproxima daquele Power Metal flertando com Metal Tradicional dos tempos do Dark Avenger onde com certeza o grande destaque fica pelas linhas de bateria secas, diretas, fortes, rápidas e pesadas misturada as linhas insanas de guitarra cheias de escalas progressivas. Logo após surge a primeira balada The Bride uma música na qual se fala de amor, de uma forma trágica, profunda e bem filosófica fazendo a comparação de imagem e água com clima bem sugestivo aonde os harmônicos de guitarra aliado as linhas de baixo ganham uma entonação indescritível. Na reta final do cd temos Daredevil primeiramente uma das faixas mais quebradas e com três vocais diferentes sendo o primeiro da vocalista Hoanna Aragão uma bela voz suave e calma, fazendo contraste com os vocais rasgados de Caio Cortonesi na introdução e em momentos da canção e completando as linhas de voz altíssimas de Mario Linhares principalmente na frase “Holds Me” que com certeza faz até defunto despertar! E fechando os poucos mais de 60 minutos de música temos Ancestors uma bela canção aonde o que predomina são as mais belas linhas de teclado de forma bem atmosférica e grandiosa.  Aqui está mais uma das grandes bandas do nosso país se você gosta de Rock/Metal com peso, melodia, agressividade, intelectualidade e letras fantasiosas com certeza deve-se ouvir o som do Harllequin e apreciar cada segundo que o álbum tem a oferecer sendo que no encarte ainda conta com a formação antiga que gravou as músicas sendo Mario Linhares (vocalista), Kayo John (bateria), Caio Cortonesi (baixo), Pedro Val (teclados) e Fabricio Moraes (guitarra), todas as letras são do Mario Linhares em exceção da Ancestors aonde ele dividiu a tarefa com Pedro Val e nas composições harmônicas do álbum ele dividiu principalmente com Fabricio Moraes e Pedro Val sendo todo produzido, gravado e mixado no BroadBand Studio por Caio Cortonesi podendo se escutar todos os instrumentos e a voz com perfeição e clareza sem perder o peso aqui está um álbum 100 % tupiniquim e nota 10.

sábado, 4 de agosto de 2012

Resenhando Aurora Borealis

Está aqui um lançamento que surpreende muito, Metal pesado, progressivo e cheio de improvismos com timbres muito bem usados em guitarras de sete cordas, cheio de efeitos de sintetizadores. Está banda polonesa é formada pelos integrantes Alexander “Backe” (vocais), Maciej Pankiewcz (guitarras) e AoS (vocais), Aurora Borealis este que é o ultimo lançamento da banda, lançado de forma digital no dia 12 de julho encontramos um som visceral que é uma verdadeira viagem por um mundo aonde o tradicional e o atual se encontram fazendo uma maravilhosa mistura os riffs de guitarra estão poderosos lembrando bastante aquele Metal Industrial do Fear Factory, as linhas de baixo estão acompanhando os bumbos da bateria e também encontra-se aqui belas timbragens de sintetizadores que dão uma pompa ainda maior para o som. As músicas são curtas sendo elas Emission Line Spectrum, Aurora Borealis, Dark Matter, Binary Stars e Skylight sendo essa a maior música do EP com seus seis minutos e cinco segundos contendo também a participação de três guitarristas; Sithu Aye, Plini e Gru como convidados em alguns solos são poucos os álbuns de música instrumental que conseguem chamar tanto a atenção do vinte quanto este aqui sem se tornar algo para músicos, mas sim para todos aqueles que apreciam a música e gostam de ter um som para todos os momentos da sua vida. Vale ressaltar o belo trabalho da capa que ficou sensacional usando uma imagem contendo a Aurora Boreal fazendo deste play algo C/C (Completo e Compacto) nota 10.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Resenhando Soundchaser


Dentro do Power Metal sempre houve uma discussão de quem seria o inventor do Power/Speed Metal, uma boa parcela dos headbangers acreditam que seja o Helloween e alguns poucos (ainda mais os que conhecem o trabalho deles) dizem que são os caras do Rage. As duas bandas surgiram na mesma época, na década de oitenta aonde chegaram com tudo com vários lançamentos de grande qualidade e respeito dentro do cenário Metal alemão, não fazendo muita diferença de quem foi o verdadeiro precursor do estilo então para os que pouco conhecem o trabalho do Rage este álbum com certeza vale apena ser conhecido, escutado e apreciado com muito carinho e respeito. A banda formada pelo líder e único remanescente da formação original Peter Peavy (baixo, vocais e letras), acompanhado pelo guitarrista russo Victor Smolski e o baterista norte-americano Mike Terrana lançaram um álbum de muito bom gosto, tanto nos timbres, notas, melodias e linhas de voz o álbum Soundchaser lançado em 2003, um ano após ter colocado no mercado o álbum que reviveu a banda Unity, com certeza é um marco do estilo. Aqui se escuta tudo de bom e mais honesto que se pode ser feito, o disco abre com a introdução Orgy of Destruction que tem efeitos de trovões e ventanias com uma voz meio robotizada sussurrando algumas frases e com muitos efeitos de sintetizadores, que lembra um pouco aquela aura das músicas do filme Star Wars, logo após abrindo espaço para um instrumental poderoso com efeitos e frases interessantíssimas de guitarra. “Excellent” é a palavra que inicia a segunda faixa War of The Worlds, as harmonias fazem aquela coisa meio Thrash/Speed Metal com os vocais de Peter fazendo um campo harmônico poderoso, as guitarras de Victor com uma clareza perfeita em todas as notas que ao mesmo tempo em que são sujas e pesadas são de fácil assimilação, Mike Terrana nela dá uma aula de como se tocar bateria com técnica, peso, destreza e swing pois tem muitas influências de Fusion e Jazz no seu modo de tocar. Logo após então vem a animada e com muita influência de “Hard Rock” Great Old Ones, é uma música dançante e bem alto astral mostrando que a banda consegue absorver e adicionar as influências em seu som sem perder a raiz, não tem como destacar um único músico, pois aqui o todo faz a diferença, o solo de guitarra dessa música é fantástico Victor toca as notas de modo extremamente solto e claro que se pode imaginar nota a nota sendo tocada por este que com certeza é um dos maestros da guitarra atualmente. Logo após temos a faixa de trabalho que não apenas dá nome ao álbum mas também é uma das grandes canções já criadas por essa formação, Soundchaser é direta em sua abertura com quebradas de tempo bem insanas, depois caindo em uma linha mais tradicional a voz de Peter, a guitarra de Victor e a bateria de Mike soam como uma locomotiva a todo vapor e que não tem uma peça mais importante pois aqui o conjunto faz a obra soar fantástica. Defenders of The Acient Life, começa com um ritmo bem quebrado aonde a bateria é o carro chefe, uma música mais direta com riffs pegajosos bem Thrash e o timbre sensacional da guitarra levando todo o resto para frente como um trem descarrilado, aqui o solo de guitarra é acompanhado de uma levada animal da bateria. A seguir temos Secrets In A Weird World, iniciada com alguns efeitos de sinos acompanhado de um teclado ao fundo, numa levada aonde me vem à guitarra que alguns segundos depois entra a bateria quando dá um pause em tudo, e a guitarra faz as levadas com riffs cavalgados aonde a cozinha (bateria e baixo) fazem uma linha muito bem sincronizada, as harmonias de voz são de arrepiar Peter demonstra toda a sua capacidade sendo uma voz com um timbre mais Rock’n Roll do que Metal pois ele passa longe dos vocais agudos e gritados dos outros vocalistas do estilo, o maior destaque com certeza fica por conta das ótimas linhas de teclado e sintetizadores que prendem a atenção e estão perceptíveis sem soarem extremamente altos ou exagerados. Está é com certeza uma das maiores músicas da banda, pois é uma balada lenta, cheia de dor, mas que ainda assim tem a capacidade de transmitir certo tom de positivismo, pois ela é “Carne e Sangue” como o nome mesmo diz Flesh And Blood, seu começo já arrepia com um dedilhado de guitarra com um timbre fantástico logo após entrando então bateria e baixo, ao entrar a voz ela se torna enorme em todos os sentidos uma canção mesmo, quando Peter estende as notas então nem se fala parecendo até uma faixa que faz a divisão do álbum, tendo também a sua parte mais rápida e pesada aonde a bateria swingada faz um excelente trabalho uma música altamente recomendada a qualquer um que conheça ou não a banda, se ela é tão boa assim em estúdio imagine ao vivo?! Human Metal é bem pesada e cheia de groove desde o início um som rachado mas que nos faz pensar no que vai vir no próximo segundo, algo que em uníssimo é uma interpretação clara e cristalina de uma ótima composição. Iniciando-se com riffs de guitarra e um tempo quebrado See You In Heaven Or Hell traz uma vitalidade e uma força que nos faz querer banguear a todo o momento, com quatro minutos de pura adrenalina tendo alguns momentos mais lentos quase que um Doom Metal, mas que logo após volta a ser aquela rifferama bem porrada na orelha. A nona canção Falling From Grace, Part 1: Wake the Nightmares, começa com linhas dedilhadas de violão que parecem ser de nylon, pois traz uma melodia suave, sutil, clara e extremamente cristalina que faz uma bela estrada para que a voz de Peter caminhe lentamente e de modo muito comovente, logo após dando espaço para as guitarras pesadíssimas e uma cozinha swingada, direta e pesada sendo está bem diferente da Flesh and Blood pois se caracteriza mais como uma Power balada pois ela tem partes bem rápidas e diretas. Penúltima e infelizmente encaminhando o ouvinte para os últimos minutos do álbum Falling From Grace, Part 2: Death Is on It's Way, tendo uma guitarra dedilhada em sua introdução, com uma cozinha mais harmônica do que na canção anterior esta música tem um ar bem teatral pela interpretação dos vocais em conjunto com o instrumental, fazendo o ouvinte viajar e imaginar uma história relacionada à letra em sua mente. French Bourée faixa que fecha o álbum, uma coisa surpreende nela sendo bem Aor Hard Rock e com uma cara extremamente animada e festiva, mas que não foge a seriedade, sobriedade e contexto do resto do álbum, sendo que está é uma canção aonde os teclados voltam a ter mais ênfase e tem até mesmo um solo de teclado com um timbre bem futurístico, que logo após é continuado pela guitarra simplesmente sensacional. Aqui está mais um grande lançamento do estilo aonde se encontra grandes músicos, ótimas composições e interpretações ainda melhores em todos os sentidos recomendado para qualquer Headbanger que busque Metal de extrema qualidade, assim como para aqueles que só conhecem bandas como Helloween e Stratovarious dentro do cenário Power Metal e que podem ver que o estilo vai muito além de músicas rápidas, cheias de agudos e dois guitarristas fazendo milhares de notas em solos que às vezes não tem sentido nenhum além de demonstrar a capacidade técnica dos seus músicos. Nota 10 com certeza, álbum recomendado para todo fã de Heavy Metal.

Resenhando Recreation Day


Clássico é uma palavra comum entre os headbangers de todo o planeta para um álbum que é lançado e marca seu tempo, sua época como grande feito dentro do Heavy Metal e que muitas vezes por chegar a este mérito acaba virando algo que é bom durante todos os tempos, tornando-se um disco atemporal. Então aqui temos um lançamento que se encaixa perfeitamente nessa denominação, que preenche uma lacuna entre os dois álbuns, o atmosférico In Search The Truth (2001) e o conceitual The Inner Circle (2004) que seria este Recreation Day (2003) o maior lançamento dentro da discografia desta excelente banda que é o Evergrey classificada pelos críticos de revistas especializadas como uma banda de Metal Progressivo, mas a própria banda não se detém simplesmente a canções intricadas com compassos quebrados, instrumentos solados, escalas impossíveis e alguns dos clichês do estilo, mas sim focando primeiramente as atmosferas das músicas que sempre são carregadas de energias sombrias. Formado aqui pelos músicos Tom S. Englund (guitarra e vocal), Henrik Danhage (guitarra e backing vocal), Michael Hakasson (baixo), Patrick Carlsson (bateria e percussão) e o recém chegado Rikard Zander (teclados e sintetizadores) no posto que antes era de Sven Karlsson que deixou a banda para integrar o Soilwork. A capa traz várias imagens da igreja católica com corais, batinas com cruzes representando idéia central do álbum que na idéia geral era para ser conceitual falando da igreja católica de um modo amplo, mas no meio do caminho a banda decidiu então tratar de vários assuntos só fazendo menção a igreja na música Unforgivable Sin que fala do assunto mais polêmico dentro da igreja católica que é a pedofilia, por isso o centro das atenções na capa do cd traz uma criança em desespero já chocando o ouvinte sem ao menos precisar foliar o encarte por completo. No contexto lírico e instrumental segue a mesma linha, sendo um pouco mais aterrorizante e atormentador, músicas intricadas, mas com espaços para passagens diretas, coros de vozes (gravado ironicamente pelo Mercury Choir que foi emprestado da igreja católica da Suécia) e como sempre de bom gosto com um espaço para as linhas vocais de Carina Kjellberg que mais tarde viria a se tornar Carina Englund esposa de Tom, o álbum abre com a bombástica, direta e pesadíssima The Great Deciver com inúmeros fraseados de guitarra em alta velocidade, os teclados fazendo um ótimo pano de fundo acompanhado da bateria rápida, com linhas cheias de groove do baixo, contrastando perfeitamente com o vocal que é amedrontador, sendo que ainda tem alguns tempos quebrados aonde entra o coral de vozes cantando em latim, que ao terminar os seus versos volta à pancadaria direta e reta sem firula. End Of Your Days já é uma música mais atmosférica abrindo com os efeitos de sintetizadores, logo após vindo os outros instrumentos de modo mais swingado, para depois levar a canção para trechos cheios de slides das guitarras e do baixo a bateria fazendo um trabalho mais direto dá um ar ainda mais soturno para a canção, e fechando a descrição da mesma vale pelo belo solo de Henrik que aqui não apenas demonstra feeling no seu modo de tocar, mas também como é ótimo em escolher timbres que deixa canção ainda mais cheia sem lacuna nenhuma ficar vazia. Dando continuidade temos As Lie Here Bleeding, que começa com os teclados e a bateria chamando a responsabilidade e os outros instrumentos que dão uma gama bem tensa para a música, destaque aqui com certeza são as linhas de voz de Tom que são espetaculares é como se ele dialoga-se com o ouvinte é impressionante. A música que dá nome ao álbum Recreation Day entra de uma vez sem fazer corpo mole, com todos os instrumentos fazendo linhas diretas, principalmente as guitarras que soltam harmônicos pesados e nítidos em palhetadas animais, passado a introdução após entrar as linhas de voz permanecem apenas o baixo, a bateria e os teclados, que dão a expectativa para o que vira quando as guitarras voltarem e quando voltam se torna algo “fabuloso” os vocais de fundo ajudam muito na constituição final da música, os solos de guitarra estão fantásticos, rápidos e diretos caindo depois em uma linda melodia apenas dos teclados, voltando com um segundo solo da guitarra na volta do instrumental sendo esse mais lento e com uma cara mais blues fazendo desta uma das maiores canções do Evergrey na biografia da banda. Continuando a pancadaria sonora mal dando tempo do ouvinte digerir a faixa anterior, Visions entra arregaçando tudo entrando com palhetadas rápidas, teclados com harmonias tenebrosas, baixo galopante e a bateria dando show de groove e tempos quebrados, este ultimo instrumento que dá aula aqui com Patrick mostrando o porquê permaneceu no posto até então sendo que com certeza foi o melhor que já passou pelo posto na biografia do grupo, sendo este o trabalho mais progressivo já gravado em um trabalho da banda repare no ultimo um minuto e meio da música é algo que pouquíssimos músicos saberiam encaixar com tamanha inteligência e destreza. Acalmando toda a pancadaria das faixas anteriores aqui está um cover que até mesmo parece uma composição da banda, I’m Sorry música composta originalmente pela cantora sueca de Pop Music, Dilba Demirbag, aqui além de manter toda a melancolia da versão original, ganho mais peso, um belo solo de guitarra e uma orquestração magistral criada por Rikard Zander. Retornando de modo eletrizante temos Blinded que segue a linha direta, rápida, pesada com destaque para os fraseados de baixo, os backing vocals e a voz de Tom que é completamente implacável no estilo que a banda criou e se propõe a fazer com qualidade única. Fragments é uma canção de atmosfera carregada e que em alguns momentos pode-se até dizer que meio Doom Metal com um coral que canta o refrão junto com a linha de voz principal e chega até a arrepiar o modo com o qual ela chega a tocar a alma do ouvinte. Quebrando novamente toda a tensão do álbum temos a acústica Madness Caught Another Vision, aonde apenas se tem um unplugged de violão com cordas de aço e a voz de Tom bem mais calma sendo que a letra da mesma é tão opressiva quanto as anteriores já que ela fala sobre culpa, decepção e quando todos os objetivos de uma pessoa falham. Your Darkest Hour é a penúltima faixa e volta a seguir a linha de outra, com um belo refrão forte e cativante e belas linhas de teclados e sintetizadores, sendo que depois do solo tem se uma bela participação de Carina Kjelberg com o seu timbre lindíssimo. Fechando com chave de ouro temos Unforgivable Sin, uma música que começa com umas notas pesadas, cheias de groove que provoca interesse a cada segundo, logo após caindo em um momento voz e teclados, com um ritmo quebrado e insano algo não apenas sombrio, mas também depressivo, opressivo e algo que faz-nos pensar na decadência humana já que trata da questão da pedofilia dentro da igreja católica, novamente com participação de Carina que em algumas frases simplesmente acompanha a voz principal e em outra canta algumas frases sozinha. Aqui Tom Englund e sua trupe conseguiram fazer um trabalho majestoso em todos os sentidos, seguindo o estilo atormentador criado pelo seu líder em letras que nos levam a reflexão tratando de assuntos que poucos têm coragem de encarar como a depressão, os próprios erros e falhas nos seus objetivos e às vezes a questão das pessoas que usam do Santo e do Sagrado para cometer atos simplesmente repugnáveis como a pedofilia que acontece de modo assombroso dentro das muralhas da igreja católica. 10 é o mais adequado possível a este que talvez seja um dos lançamentos dentro do catalogo da banda que nunca vá ser superado...