segunda-feira, 1 de junho de 2015

Resenhando Hymns For The Broken

Falar sobre este lançamento do Evergrey é um trabalho árduo, algumas reviravoltas e mudanças ocorreram. Três anos após o lançamento de seu ultimo álbum Glorious Collision (2011) sai Hymns For The Broken que trás a volta dos músicos Henrik Danhage (guitarra) e Jonas Ekdahl (bateria) substituindo os seus substitutos, Marcus Jidell (guitarra) e Hannes Van Dahl (bateria). Ambos tocaram na banda até meados de 2010 quando saíram sobre a alegação de buscarem novos ares musicais e também dizendo não querer afetar a amizade com Tom e Rikard que permaneceram, muitas expectativas foram geradas já que esta formação gravou um dos álbuns mais conhecidos, mais bem aceito tanto pela critica musical e admiradores do estilo mundialmente The Inner Circle (2004) que colocou o Evergrey no circuito mundial de bandas de Metal. Então a formação na qual gravou este álbum tem Henrik Danhage (guitarra), Johan Niemann (baixo), Rikard Zander (teclado/sintetizador), Jonas Ekdahl (bateria) e por ultimo Tom Englund (vocal/guitarra) sendo o único remanescente da formação original e primaria da banda exercendo também a função de letrista sendo a alma por trás desta caminhada que completou vinte anos. O que se encontra aqui é um passo além de tudo que já foi feito, ousadia e novas influencias musicalmente a diferença para o trabalho anterior é gritante, mais bem gravado e cristalino que ficou sobre a tutela da mixagem final de Jacob Hansen um dos mais renomados produtores do estilo atualmente tendo uma experiência como guitarrista, vocalista e letrista em algumas bandas além de já ter produzido, mixado e masterizado inúmeras bandas como Volbeat, Rob Rock e Destruction por exemplo. Sabendo disto o que podemos dizer das músicas em si, encontramos aqui influencias de Metalcore, Grunge (?) e Pop com uma pitada do Dark Metal praticado pela banda abrindo o álbum “The Awekening” traz inúmeros sons como gritos, barulho de cavalos, água corrente e helicóptero com uma voz fazendo uma citação bem interessante fazendo o ouvinte ficar curioso pelo que vira. Seguindo com “King Of Errors” primeira música de trabalho com um clipe muito bem feito e trabalhado, a música tem uma levada em meio tempo lembrando trazendo aquela tristeza e escuridão sendo o grande destaque a qualidade vocal de Tom e um solo duplo das guitarras bem trabalhado. “A New Dawn” á entrando com uma pegada que lembra um pouco a fase do álbum Recreation ela traz riffs cavalgados das guitarras, uma bateria direta em alguns momentos e cheia de swing em outros, baixo cheio de slides e um maravilhoso trabalho dos teclados que em alguns momentos tem umas frases puxadas para o Jazz/Blues. Logo após quebrando o peso da canção anterior temos “Wake A Change” esta que com certeza é a mais fraca do álbum, sendo ela totalmente Pop e com um refrão simples e mais direto aquele que gruda na mente por sua simplicidade. “Archaic Rage” segue trazendo linhas de teclados e sintetizadores bem obscuros e profundos com riffs cavalgados, sendo esta uma música bem intuitiva e trazendo a tona a influencia Metalcore. Esta aqui traz as influencias de Grunge lembrando muito o Alice Chains “Barricades” com um excepcional trabalho de Rikard nos teclados. “Black Undertow” é uma das mais soturnas do álbum com certeza, com um começo carregado de tensão, efeitos de tiros, explosões e falas por radio aonde o instrumental é impecável, em alguns momentos mais diretos trazendo um solo de guitarra com mais forte pesar do coração e outro mais trabalhado levando o ouvinte literalmente para dentro da guerra. Já “The Fire” entra quebrando tudo literalmente, pesada, rápida, caótica e insana a Lina vocal e instrumental lembrando os tempos mais macabros da banda principalmente a parte com o coral infantil trazendo o pesar das crianças em meio à guerra. Por ser a música titulo do álbum “Hymns For The Broken” segue a mesma linha da música de trabalho em meio tempo, com um solo simples e leve com grande destaque as linhas de teclado. “Missing You” é o tipo de balada que é uma marca do Evergrey, piano, voz e muito, muito pesar com certeza o grande destaque vai para o vocal de Tom que esta marcante. A canção mais tensa e carregada chega para quebrar a calma e melancolia “The Grand Collapse” é tensa do inicio ao fim entrando com uma levada rítmica cheia de swing e tenebrosidade, um vocal carregado de desespero aqui verdadeiramente se faz um maravilhoso e breve resumo do Colapso trazendo efeitos de tanques, vozes, sussurros, tiros, helicópteros e sirenes jogando o ouvinte no meio do caos com certeza um dos maiores destaques deste lançamento. Encerrando a versão simples do álbum temos a balada “The Aftermath” fechando de forma bem calma, complementando a versão Digipack com bônus temos as versões para piano das músicas “Hymns For The Broken, Barricades e These Scars” destacando a primeira citada que contem a participação de Carina Englund que apareceu de forma insignificante na frase cantada pelo coral da canção “A New Dawn”. Pode-se afirmar aqui que a banda optou por uma pegada mais simples, pop, direta e bem produzida para aqueles mais saudosistas que esperavam algo na linha dos CDs, In Search Of Truth, Recreation Day ou The Inner Circle devem passar longe deste álbum ele traz o mínimo destes que definiram o Evergrey até uma década atrás. O fraco desempenho talvez se de aqui por causa do grande apelo comercial das musicas e refrões repetitivos demais, contendo inúmeras baladas/semibaladas com a falta de solos de guitarras mais cativantes e incisivos como nos álbuns anteriores. Nota 5.