Falar sobre
este lançamento do Evergrey é um trabalho árduo, algumas reviravoltas e
mudanças ocorreram. Três anos após o lançamento de seu ultimo álbum Glorious
Collision (2011) sai Hymns For The Broken que trás a volta dos músicos Henrik
Danhage (guitarra) e Jonas Ekdahl (bateria) substituindo os seus substitutos,
Marcus Jidell (guitarra) e Hannes Van Dahl (bateria). Ambos tocaram na banda
até meados de 2010 quando saíram sobre a alegação de buscarem novos ares
musicais e também dizendo não querer afetar a amizade com Tom e Rikard que
permaneceram, muitas expectativas foram geradas já que esta formação gravou um
dos álbuns mais conhecidos, mais bem aceito tanto pela critica musical e
admiradores do estilo mundialmente The Inner Circle (2004) que colocou o Evergrey
no circuito mundial de bandas de Metal. Então a formação na qual gravou este álbum
tem Henrik Danhage (guitarra), Johan Niemann (baixo), Rikard Zander
(teclado/sintetizador), Jonas Ekdahl (bateria) e por ultimo Tom Englund
(vocal/guitarra) sendo o único remanescente da formação original e primaria da
banda exercendo também a função de letrista sendo a alma por trás desta
caminhada que completou vinte anos. O que se encontra aqui é um passo além de
tudo que já foi feito, ousadia e novas influencias musicalmente a diferença
para o trabalho anterior é gritante, mais bem gravado e cristalino que ficou
sobre a tutela da mixagem final de Jacob Hansen um dos mais renomados
produtores do estilo atualmente tendo uma experiência como guitarrista, vocalista
e letrista em algumas bandas além de já ter produzido, mixado e masterizado
inúmeras bandas como Volbeat, Rob Rock e Destruction por exemplo. Sabendo disto
o que podemos dizer das músicas em si, encontramos aqui influencias de
Metalcore, Grunge (?) e Pop com uma pitada do Dark Metal praticado pela banda
abrindo o álbum “The Awekening” traz inúmeros sons como gritos, barulho de
cavalos, água corrente e helicóptero com uma voz fazendo uma citação bem
interessante fazendo o ouvinte ficar curioso pelo que vira. Seguindo com “King
Of Errors” primeira música de trabalho com um clipe muito bem feito e
trabalhado, a música tem uma levada em meio tempo lembrando trazendo aquela
tristeza e escuridão sendo o grande destaque a qualidade vocal de Tom e um solo
duplo das guitarras bem trabalhado. “A New Dawn” á entrando com uma pegada que
lembra um pouco a fase do álbum Recreation ela traz riffs cavalgados das
guitarras, uma bateria direta em alguns momentos e cheia de swing em outros,
baixo cheio de slides e um maravilhoso trabalho dos teclados que em alguns
momentos tem umas frases puxadas para o Jazz/Blues. Logo após quebrando o peso
da canção anterior temos “Wake A Change” esta que com certeza é a mais fraca do
álbum, sendo ela totalmente Pop e com um refrão simples e mais direto aquele
que gruda na mente por sua simplicidade. “Archaic Rage” segue trazendo linhas
de teclados e sintetizadores bem obscuros e profundos com riffs cavalgados,
sendo esta uma música bem intuitiva e trazendo a tona a influencia Metalcore.
Esta aqui traz as influencias de Grunge lembrando muito o Alice Chains
“Barricades” com um excepcional trabalho de Rikard nos teclados. “Black
Undertow” é uma das mais soturnas do álbum com certeza, com um começo carregado
de tensão, efeitos de tiros, explosões e falas por radio aonde o instrumental é
impecável, em alguns momentos mais diretos trazendo um solo de guitarra com
mais forte pesar do coração e outro mais trabalhado levando o ouvinte
literalmente para dentro da guerra. Já “The Fire” entra quebrando tudo
literalmente, pesada, rápida, caótica e insana a Lina vocal e instrumental
lembrando os tempos mais macabros da banda principalmente a parte com o coral
infantil trazendo o pesar das crianças em meio à guerra. Por ser a música
titulo do álbum “Hymns For The Broken” segue a mesma linha da música de
trabalho em meio tempo, com um solo simples e leve com grande destaque as
linhas de teclado. “Missing You” é o tipo de balada que é uma marca do
Evergrey, piano, voz e muito, muito pesar com certeza o grande destaque vai
para o vocal de Tom que esta marcante. A canção mais tensa e carregada chega
para quebrar a calma e melancolia “The Grand Collapse” é tensa do inicio ao fim
entrando com uma levada rítmica cheia de swing e tenebrosidade, um vocal carregado
de desespero aqui verdadeiramente se faz um maravilhoso e breve resumo do
Colapso trazendo efeitos de tanques, vozes, sussurros, tiros, helicópteros e
sirenes jogando o ouvinte no meio do caos com certeza um dos maiores destaques
deste lançamento. Encerrando a versão simples do álbum temos a balada “The
Aftermath” fechando de forma bem calma, complementando a versão Digipack com
bônus temos as versões para piano das músicas “Hymns For The Broken, Barricades
e These Scars” destacando a primeira citada que contem a participação de Carina
Englund que apareceu de forma insignificante na frase cantada pelo coral da
canção “A New Dawn”. Pode-se afirmar aqui que a banda optou por uma pegada mais
simples, pop, direta e bem produzida para aqueles mais saudosistas que
esperavam algo na linha dos CDs, In Search Of Truth, Recreation Day ou The
Inner Circle devem passar longe deste álbum ele traz o mínimo destes que
definiram o Evergrey até uma década atrás. O fraco desempenho talvez se de aqui
por causa do grande apelo comercial das musicas e refrões repetitivos demais,
contendo inúmeras baladas/semibaladas com a falta de solos de guitarras mais
cativantes e incisivos como nos álbuns anteriores. Nota 5.
segunda-feira, 1 de junho de 2015
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