segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Resenhando Glorious Collision


Quem nunca ouviu aquela história que time que esta ganhando não se mexe, mas nem sempre é assim muitas vezes é necessário rever algumas formações de grupo na vida para dar seqüência ao trabalho de forma gradativa, aonde se possa enxergar uma evolução natural, ou até mesmo para evitar um desgaste total de um grupo que trabalha há muito tempo junto e vem dando sinais de desentendimento e perdição. Dito isto, podemos ver e ouvir claramente um exemplo disso neste novo álbum do Evergrey banda sueca que toca um som bem Dark com pitadas de Metal Progressivo que tinha em sua formação Tom Englund (vocais e guitarra), Henrik Danhage (guitarra solo e backing vocal), Jari Kainulainen (baixo), Rikard Zander (teclado e backing vocal) e Jonas Ekdahl (bateria), formação a qual gravou o álbum anterior Torn um cd que veio em uma forma de tentar retomar a imagem da banda já que no lançamento anterior Monday Morning Apocalypse a banda tinha feito um trabalho extremamente direto e bem enxuto que causou um impacto negativo em sua discografia. Mas ainda em Torn a banda mostrava tentativas de se reerguer, reviver mas então ai que vem outra bomba quando é informado que Henrik Danhage (sendo que este estava na banda há dez anos) e Jonas Ekdahl (permaneceu no posto por sete anos) deixariam o grupo por motivos musicais para não afetar a amizade com os outros integrantes e que Jari Kainulainen deixaria a banda por motivos profissionais pois havia recebido uma proposta de pagamento melhor por outra banda, com isso sobrou então apenas Tom Englund líder da banda e único remanescente da formação original e Rikard Zander como seu fiel escudeiro depois do impacto eles até pensaram em terminar a banda pois consideravam que talvez fosse um trabalho muito difícil reaver uma formação com três novos músicos. Determinado tempo depois foi anunciado os três novos músicos sendo eles Johan Niemann (baixo, ex-Therion), Marcus Jidell (guitarra, ex-Royal Hunt) e o novato/desconhecido Hannes Van Dahl (bateria) que na realidade foi aluno de Snow Shaw (vocalista do Therion e que também exerce a função de baterista em muitas bandas do estilo) informados disso os fãs começaram a criar suas expectativas tanto boas quantos ruins até porque os músicos que entraram vieram de mundos que são bem diferentes do Evergrey. Algum tempo depois foi anunciada a capa e o tracklist do cd, que passou uma imagem de que a banda estava se consolidando, mas também teve o lado negativo das primeiras apresentações desta nova formação aonde mostrava as músicas tocadas de modo mais simples com alguns erros aqui e ali gerando certa desconfiança até o lançamento do álbum. Com o álbum em mãos os fãs tiveram uma certeza o Evergrey mais uma vez lança algo diferente mas mantendo o aspecto principal em seu estilo de fazer música, aquela aura obscura/depressiva no encarte todas as imagens são feitas como se fossem quadrinhos pois se fosse montado em imagens com pessoas reais seria vetada em muitos países com certeza, contando com cenas aonde o personagem corta pulso, cai de um prédio, segura um coração com as veias vazando sangue em uma das mãos só citando algumas. Agora o contexto musical e lírico do álbum está fantástico, percebe-se que a nova formação devolveu o fôlego a banda com a faixa Leave It Behid Us nota-se claramente isso, música que começa com uma introdução arrepiante efeitos de voz sussurrando algo que dá espaço a um instrumental visceral que arrasa tudo, Tom cantando magistralmente e sendo levado junto com os músicos que aqui dão uma aula de como se fazer Heavy Metal. You continua com peso, velocidade e riffs de guitarra muito bem construídos depois partindo para notas mais sóbrias por assim dizer, uma canção sólida que do começo ao fim não deixa o ouvinte sem pensar no que vira depois de cada segundo, ao entrar o solo percebe-se que as influências de Marcus na guitarra são bem diferentes pois chega a lembrar bastante o modo de Neal Schon do Journey faz os seus solos mas claro que com muito mais peso! A faixa de trabalho Wrong é uma canção grandiosa por inúmeros motivos, primeiramente nela a muito mais de Pop do que de Metal, junto com uma pitada de Blues, os vocais de Tom estão esplêndidos e a pegada da música lembra e muito Lenny Kravitz, mas bem mais direto e pesado do que o mesmo, as linhas de teclado ficaram sensacionais, assim como as linhas de bateria estão cheias de swing e groove a única coisa que talvez tenha quebrado um pouco do contraste da canção tenha sido o timbre do baixo que neste álbum está raxadaço algo meio que na linha meio punk/hardcore, o trabalho do vídeo de divulgação ficou muito bom sendo que a canção termina de modo diferente logo após o solo permanece só as linhas de teclado e voz que fecha de modo bem bluesy a canção que sai apenas no ep antes do lançamento do full-lenght. Frozen é uma das canções mais pauleiras que a banda já lançou com um ótimo trabalho da cozinha baixo e bateria, e as guitarras dando apoio com alguns toques de Thrash Metal, com a entrada da voz muitos efeitos de sintetizadores e com um refrão bombástico tendo o apoio vocal de Carina Englund em algumas notas mais altas de voz, o solo é bem interessante pois tem uma dobra entre a guitarra e o teclado muito interessante. Continuando vem Restoring The Loss, uma das faixas mais intricadas do álbum cheia de groove e paradas, com fraseados de guitarra e um feeling sem igual nesta canção Marcus da uma aula de como se fazer notas agudas os efeitos de teclado complementam toda essa áurea de modo inteligente. To Fit The Mold pode ser classifica como uma Power balada, já que ela não é tão rápida mas também não é tão lenta, começa com algo acústico aonde Tom deixa o vozeirão sair aqui encontra-se algumas coisas novas como alguns efeitos nas gravações dos vocais que ficaram bem interessante, o solo de guitarra com certeza é uma com um dos maiores feelings já composta em uma canção na discografia da banda. Out Of Reach faixa mais curta do álbum mas não menos forte que as outras, principalmente a linha vocal acompanhada dos backings torna tudo muito grandioso nessa música lembra muito o tempo que as bandas conseguiam fazer canções para se ouvir estádios inteiros cantando com toda a força dos pulmões. Desde o lançamento do álbum está é a faixa mais comentada pelas revistas especializadas em todo o mundo, The Phantom Letters começa com violão e efeitos de teclados fazendo uma cama para os vocais que passam uma emoção sem igual, aonde Tom consegue exprimir todo o sofrimento de sua alma, ao longo a canção cresce aos poucos sendo puxada pela bateria. Com uma virada de bateria assim começa The Disease, caindo em algo mais quebrado sendo que o carro chefe dessa canção é o baixo de Johan que nunca esteve tão pesado e com um som tão rachado quanto agora, com um tempo quebrado aonde a bateria é singular os bumbos são usados de modo consciente. Agora It Comes From Within, o seu esqueleto harmônico lembra diretamente o corpo da canção The Great Deceiver do álbum Recreation Day, só que sem tantos fraseados de guitarra sendo que as frases que constam nesta canção são mais diretas sendo eletrizante do começo ao fim. Free é uma canção que surpreende com certeza, pois ela tem muito de blues em seu começo aonde se tem um ótimo trabalho de voz e teclados, com as guitarras em linguagens mais acústicas com o baixo e a bateria fazendo um belo acompanhamento, um dos grandes diferencias do álbum que mostra o quão aberta é a filosofia musical da banda. I'm Drowning Alone é o começo da reta final da bolachinha infelizmente, começando com efeitos de sintetizadores bem com um contraste bem enigmático que continua ao entrar todo o instrumental, as guitarras com riffs cortantes e contínuos trazendo um pouco daquela atmosfera do álbum In Search of Truth com a participação de Salina Englund filha de Tom que em um momento aonde todo o instrumental dá uma acalmada geral e os teclados criam uma gama muito opressiva ela começa a sussurrar com sua voz de criança e que voz essa menina tem, causa um impacto interessante na canção. Fechando o álbum temos a canção ...And The Distance que segue quase a mesma linha de Free, mas não tão bluesy quanto à mesma, está segue mais uma linha Pink Floyd em sua introdução ainda mais as guitarras que logo após cresce de modo magistral e bem pesado aonde o baixo faz um trabalho impressionante e a dupla vocal Tom e Carina Englund dão uma imensidão para os refrãos e harmonias com solos de guitarras gêmeas empolgantes. Em alguns países o cd traz uma versão extra para esta ultima faixa só que com uma coisa bem interessante e que muitos fãs da banda sempre esperaram que era uma faixa a qual Carina Englund canta-se do começo ao fim, este pedido foi atendido e a versão de ... And The Distance com ela nas vozes principais ficaram sensacionais, se ela decidi-se entrar no cenário do Heavy Metal com uma banda com certeza seria uma voz bem singular. Outro fator que faz o álbum interessante é que aqui temos uma banda de verdade tocando, não tem o uso de tantos triggers, pro-tools e outros efeitos tão computadorizados como estamos acostumados a ver no estilo nos dias de hoje, aonde os músicos são literalmente robotizados e reajustados de modo a soarem extremamente perfeitos e complexos, mas quando vemos esses mesmos no palco eles não executam nem 2/3 dos álbuns que gravam. Um cd aonde a banda optou pela honestidade e grandes canções de Metal com influências de algumas outras formas músicas que compuseram o estilo, canções que nasceram para serem tocadas em grandes estádios que se pode ouvir e cantar todas as notas do instrumental e acompanhar a voz singular de Tom como diz o mesmo “Stay Grey” vale apena ser apreciado faixa a faixa definido em um simples 10!!!

domingo, 28 de agosto de 2011

Resenhando Ritual


Após o lançamento do álbum Fireworks (1998) o Angra uma das maiores bandas nacionais de Metal vinha passando por grandes problemas, devido os conflitos internos na banda não apenas entre os músicos mais também com o empresário devido aos fatos a banda literalmente rachou com 3/5 deixando o grupo em 1999. Sendo estes músicos Andre Matos (vocalista/tecladista, ex-Viper), Luis Mariutti (baixo, ex-Firebox) e Ricardo Confessori (bateria, ex-Korzus), ficando para trás os dois guitarristas Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt que ao lado do empresário Antonio Pirani ficaram com os direitos autorais sobre o nome da banda, sendo assim restou ao três músicos criarem uma nova banda assim então surgiu o Shaman, em 2000 começaram a trabalhar a composição das músicas mesmo sem um guitarrista ou uma dupla de guitarrista como eles estavam acostumados a trabalhar em sua banda anterior, então para o cargo nas gravações foi recrutado Hugo Mariutti irmão mais novo de Luis, que teve duas bandas sendo uma de pouca expressão no cenário musical que foi a banda de Thrash Metal Wardeath e uma banda mais melódica que chegou até a abrir alguns shows do Angra o Henceforth que também contou com o vocalista BJ (Tempestt) durante um tempo em sua formação. Mas com o tempo de trabalho em estúdio os músicos se impressionaram com a forma de tocar de Hugo e então decidiram efetivar ele ao cargo, fazendo dele o ultimo integrante oficial da banda e já demonstrando uma diferença em relação ao que faziam anteriormente, pois uma banda com um único guitarrista segue uma temática bem diferente daquela que tem o par, pois o músico tem que fazer bases e solos e com isso deixar a cargo de outros instrumentistas para manter a base da música enquanto o mesmo faz os solos algo que se pode perceber ainda mais nas apresentações ao vivo. Sabendo-se disso muitos fãs não sabiam o que esperar e alguns ainda torciam o nariz pelo fato de Hugo Mariutti não ser um músico com nome feito, que logo após o lançamento do álbum mostrou que tinha muito a mostrar. Agora o cd em si começando pela capa, o trabalho ficou muito interessante com uma letra “A” marcado no chão com uma chama saindo do meio da letra que cria forma de um rosto de um homem velho, com um olhar de sabedoria algo bem aqueles pajés indígenas com símbolos como as pirâmides e alguns planetas espalhados pela imagem já torna o álbum um grande atraente. Partindo pelo lado musical agora o cd dispõe de quatro composições de Andre Matos, duas de Hugo Mariutti, uma de Luis Mariutti e uma de Ricardo Confessori e a introdução que foi feita pelo produtor/tecladista alemão Miro que trabalha ao lado de Sacha Paeth na produção do disco, Ancient Winds se encarrega de começar o play, sendo ela uma introdução de três minutos e dezoito segundos é algo bem atmosférico e que faz o ouvinte ficar curioso para saber o que vira adiante nota-se aqui as influências adotadas pela banda algo que mistura World Music e New Wave, com efeitos de marcha, cânticos e gritos indígenas algo que representa as grandes festas realizadas pelas tribos ainda com alguns efeitos de cachoeira e um violino algo que chega a lembrar algumas coisas feitas pela banda brasileira de Rock Progressivo “Sagrado Coração da Terra”. A segunda faixa é Here I Am já entra quebrando tudo com umas paradinhas no começo os riffs de guitarra rápidos e ríspidos de Hugo são o carro chefe da canção, ao entrar o vocal de Andre percebe-se que ele também está cantando de modo mais grave assim como fez no ultimo antes de sair do Angra. Distant Thunder tem uma entrada mais tribal com a bateria em ritmo de marcha e algumas viradas bem interessantes, nesta canção prevalece o ritmo bateria/baixo com a impulsão dos riffs de guitarra, nota-seque a abordagem musical da banda é muito mais interpretativa desde o instrumental até os vocais, melhorando ainda mais quando a canção chega ao seu refrão que é forte e pegajoso. A quarta canção For Tomorrow foi escolhida para que fosse a segunda música de trabalho ganhando um videoclipe com cenas de bastidores e apresentações ao vivo da banda, começando com instrumentos tribais tanto de sopro como percussão algo bem dançante caindo depois em uma melodia de violão acompanhado dos vocais, logo após abrindo espaço para um instrumental pesado, riffs pegajosos de guitarra, bateria e baixo fazendo uma cozinha perfeita e cheia de sincronia ao chegar aos seus dois minutos e alguns segundos chega-se ao refrão e que refrão, o instrumental fica mais progressivo e as linhas vocais vão um pouco mais alto sendo o solo de guitarra algo bem old-school não tem como não se lembrar de guitarristas como Rhandy Rhoads por exemplo. Time Will Come tem um começo arrepiante com efeitos de gotas d’água caindo ao fundo enquanto são tocadas notas bem frias de piano pode-se assim dizer, após alguns segundos de silêncio entra todos os instrumentos quebrando tudo cheio de passagens pesadas com uma linha de teclado fazendo uma cama bem interessante dando um contraste diferente, está música segue uma linha bem progressiva pois é cheia de altos e baixos, peso e suavidade seu refrão com dois bumbos da bateria no talo acompanhado do baixo, com momentos bem tântricos também por conta das linhas de teclados/sintetizadores o solo de guitarra é outra parte muito bem feita da canção é possível ouvir nota por nota simplesmente sensacional. A sexta faixa que leva o nome de Over Your Head mostra toda a criatividade dos músicos ao explorarem conceitos novos, ela começa com vozes de crianças cantando à cantiga de ninar dos cinco patinhos acompanhados de efeitos de sintetizadores, com uma curta entrada cheia de peso, a canção cai em algo bem rítmico aonde a cozinha faz a grande diferença bateria e baixo, cheio de swing é algo bem flamenco nesta canção em que as linhas de voz passa a sensação de um homem contando a sua história, com momentos bem pesados ainda contando com a participação de Derek Sherinian (ex-Dream Theater) nos teclados. Fairy Tale foi à primeira canção de trabalho escolhida pela banda, começando com um coro de mulheres cantando em gregoriano que aos poucos da espaço para belíssimas linhas de piano acompanhado da voz, uma canção cheia de feeling para todos os lados ainda mais por conter vozes de apoio em muitas partes, com melodias cativantes com direito a uma parte de flauta e piano. Aqui se percebe a influência de Iron Maiden no som da banda, Blind Spell começa com linhas de baixo e bateria bem cavalgado, com a guitarra apenas fazendo como se fosse um pano de fundo, é uma canção bem pesada e direto-crua com algumas passagens que lembra aquele Rock Progressivo antigo por causa principalmente dos efeitos de teclado e sintetizadores, quem dá uma aula de habilidade nesta música é Ricardo Confessori que faz uma linha de bateria muito bem trabalhada, com bem mais feeling do que técnica desnecessária. Sendo a penúltima faixa a que leva o nome do álbum, Ritual começa com efeitos de teclados bem usados, que faz com certeza o ouvinte ter vontade de bangear, logo após dando espaço para os outros instrumentos s sendo que a guitarra acompanha bem de perto, com um riff simples mas muito eficaz ela consegue empolgar com muita facilidade, com algumas paradas bem legais aonde a aura setentista retorna com tudo, uma canção progressiva e demonstrando que o simples às vezes é tão capaz quanto à complexidade do estilo para se fazer grandes canções. E para fechar o álbum vem uma pedrada Pride, que começa de modo veloz e direto com Andre Matos e Tobias Sammet (vocalista do Edguy) levando as notas lá em cima em suas vozes agudas, algo bem na linha do Judas Priest encerrando em belo e bom tom um álbum de uma banda extremamente promissora. Sendo que tem participações de músicos como Marcus Vianna (violinista do Sagrado Coração da Terra) e também Sacha Paeth (ex-guitarrista do Heavens Gate e produtor) nascido para ser considerado um grande álbum do estilo mundialmente podendo-se considerar um clássico dentro do Metal nacional, pois muita gente até chegou a denominar o estilo criado pela banda como Mystic Metal pela aura contida no mesmo. Recomendado para quem gosta de Metal, Rock em geral e até mesmo New Age pelos efeitos usados de teclado e sintetizador. Nota 10!!!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Resenhando Kiske/Sommerville


Aqui está um álbum que durante um longo tempo foi aguardado pelos fãs de Metal de todo o mundo, principalmente os fãs da vocalista Amanda Somerville e do vocalista Michael Kiske (um dos maiores vocalistas do gênero que até então é lembrado por muitos do tempo das duas partes do álbum Keepers Of Seven Keys do Helloween, que até hoje são consideras clássicos e um marco no estilo). Kiske antes de encabeçar esse projeto já havia gravado dos álbuns com a banda Place Vendome algo mais puxado para o lado do Aor Hard Rock, mas isso não tinha feito colocar os pés de vez no estilo que durante muito tempo fez comentários pejorativos, mas quando foi anunciado o álbum, sendo acompanhado de músicos como o baixista Mat Sinner (Primal Fear, Sinner), Sander Gommans guitarra (HDK, ex-After Forever), Martin Schdmit bateria (Goddess Shiva, ex-Atrocity), Magnus Karlsson guitarra/teclado (Allen Land,ex-Bob Catley) e Jimmy Kresic teclado (Voodoo Circle). Com estes dois grandes vocalistas e este time de apoio se esperava um cd muito além da capacidade não com apenas músicas mas, sim um álbum com inúmeras canções para se cantar com toda a força dos pulmões o trabalho gráfico também ficou muito interessante com ótimos contrastes entre o amarelo e dourado, ao se colocar o cd para tocar que se descobre que as coisas ótimas ficam por ai pois no álbum não se encontra nada de inovador e com as duas grandes vozes do Metal apenas dividindo as canções em frases iguais um dueto que não surpreende em nada e para quem não gosta de bandas de Symphonic Metal, deve passar bem longe deste lançamento pois não consegue alcançar e nem superar nenhuma das grandes bandas do estilo como por exemplo o After Forever ou o Épica por exemplo. Feito essas pequenas ressalvas sobre este lançamento vamos para as canções em si, Nothing Left To Say abre o album com riffs até que bem sacados, e o vozeirão de Kiske entrando com tudo acompanhado dos outros instrumentos e então a música cai em um momento um pouco mais melódico com o acompanhamento de Amanda, é uma das mais agitadas e com maior capacidade de virar um hit. Silence começa com uma linha de teclado totalmente manjada do estilo sinfônico, totalmente Nightwish quando entra a voz de Kiske dá para se sentir um certo apreço pela canção, mas quando Amanda entra se torna totalmente clichê um dueto romântico que se está acostumado a ver em todos os cantos sendo que existem inúmeras baladas deste gênero melhores do que está canção. If I Had A Wish, a terceira faixa que faz uma ligação com a primeira uma continuação natural nela percebe-se uma referência do Helloween ainda mais quando Kiske lança mão de algumas notas mais altas em seus vocais, nesta música sim Amanda agrada e muito. Arise começa de modo bem interessante as duas vozes fazem algo estilo uma conversação, o instrumental é cheio de swing do baixo com a bateria, as guitarras tem um pouco de vibrato em suas notas e os teclados não aparecem com muito influência aqui, ficou algo mais como aquele Hard Rock oitentista com mais peso que nas faixas anteriores sendo que no final Kiske solta um agudo que nos remete diretamente aos seus tempos clássicos. End Of The Road é uma balada bem interessante com Amanda cantando frases suaves e bem agradáveis aos ouvidos, dando espaço para algumas frases de Kiske mas que aqui faz um papel de quadijuvante, está sim é uma daquelas canções para se ouvir grandes estádios cantando junto, todas as melodias são ótimas uma das melhores do cd com certeza. Don’t Walk Away é outra canção fraca uma Power balada, que não cativa e não chama a atenção algo bem dentro do comum uma faixa morna sendo que a única coisa que agrada um pouco é o solo que tem muito do estilo do Slash ex-Guns’ N Roses. As demais faixas que compõe o álbum não avançam muito a frente do que as anteriores sendo que a abertura da música Devil In Her Heart consegue cativar um pouco, este poderia ter sido um lançamento um pouco mais trabalhado e bem mais espontâneo, pois percebe-se que tudo nele foi extremamente calculado de modo correto demais não inovando em nada e muitos menos fazendo do álbum aquele super lançamento que muitos esperavam pelo time de ótimos músicos reunidos (principalmente os dois vocalistas) que tinham muito mais a oferecer, quem sabe em um segundo cd eles apresentem grandes canções e não apenas mais um álbum “mais do mesmo” diante tantos neste estilo, nota 6.

sábado, 13 de agosto de 2011

8 Longos Momentos Definidos em Início, Meio e um Quase Fim!


Depois de muitos meses e experiências eu volto a postar aqui. Foram longo-curtos oito meses de batalha por um sonho. Nós nunca pensamos que às vezes a muita coisa além da nossa própria crença, falo exatamente de crer na nossa capacidade de fazer algo às vezes acreditamos que nunca seriamos capazes de algo, mas então surge uma força motriz que nos faz disparar como se fossemos espoletas. Eu vivi isso na pele nos últimos meses, só que nestes momentos também existem os riscos de deixar marcas, feridas e erros irreversíveis capaz de nos tirar toda a pouca sanidade que temos sendo que quando fazemos estas coisas imaginamos saber que iremos agüentar o impacto caso as coisas dêem errado e tudo volte à estaca zero. Infelizmente a imaginação e a realidade são mundos distintos e distantes, a dor de se imaginar a perda é uma coisa, enquanto vive-la é outra dor bem diferente às vezes fazemos as coisas achando que seguir as palavras dos outros é a melhor escolha que eles podem nos ditar as nossas vidas, assim acabamos caindo em um abismo que é construído pela confiança em outra pessoa e julgamento da vida que pode ser bem oposto ao nosso. Pode ser a família, amigos, conhecidos e até mesmo desconhecidos, porém a nossa própria consciência às vezes é capaz de entender o mundo a nossa volta, sendo assim tomamos decisões simplesmente superficiais por parecem fáceis e com isso destruímos nossos próprios sonhos, vontades e expectativas puxando o nosso próprio tapete. Um sentimento que tende a nos trair com muita facilidade e enganar todas as nossas capacidades de enxergar é o desespero, nele contém a maior desgraça de um ser Humano, conduzidos por ele machucamos, enganamos, maltratamos ao outros e a nós mesmos só percebendo o impacto/gravidade do ato num tardar sem igual nem podendo cogitar a idéia de recuar. Um exemplo comum disso é às vezes a brigas entre pais e filhos, quem na hora da raiva não discute e pensa ou mesmo diz com todo o fôlego em seu pulmão “Eu te odeio” de um filho/filha para o pai/mãe assim como aquela frase “Eu queria que você nunca tivesse nascido” de um pai ou uma mãe, lendo assim pode parecer algo surreal mas qualquer um que deposita seus olhos sobre esse texto sabe muito bem dentro da sua consciência que isso é uma das coisas mais normais em famílias no mundo todo, derrepente algo cai como uma bomba em meio a essa normalidade familiar, alguém vem a falecer. Nesta hora o nosso mundo desaba e todo o arrependimento da alma vem como um tsunami, as lembranças dessas frases e palavras mal-ditas, tanto de ruins como algo que vai nos perseguir por uma vida inteira ai que aprendemos o verdadeiro valor humano, sendo esse um dos pequenos exemplos que vivencie nesta vida. Se pararmos para analisar a situação humana, aprendemos muito mais com as coisas ruins do que com as boas, lembramos muito mais os momentos ruins para podermos ter a expectativa de algo bom mais adiante estas experiências valem verdadeiramente do que? Isso significa que nascemos para sofrer única e tão somente? Em todas as lutas que enfrentei nunca me conformei com esse pensamento unilateral, cego e às vezes algo bem saudosista para tornar a sua racionalidade mais fácil de assimilar achar que isso é até algo extremamente cristão (ainda mais no modo de vida deliberadamente não vivenciada pelos mesmos que seguem esta denominação) vemos e ouvimos a história da morte de Cristo (na minha opinião uma dos maiores heróis dentre os homens) sobre o seu amor pelo próximo, a capacidade de perdoar e de aceitar a qualquer um indiferente de sua filosofia de vida. Mas também o tornaram um dos mártires mais exemplares e que parece que não se deve seguir os mesmos conceitos (pode-se disfarçar/fingir mas não se deve implantar/praticar isso no dia a dia) , outra questão que não colocam em foco é que até o mesmo colocou a sua fé em duvida em relação ao todo poderoso pai conhecido como “Deus” enquanto ele passava pelo salão olival conhecido como Getsêmani, neste mesmo lugar também antes de sua crucifixão ele chorou lágrimas de sangue por tamanha a angustia em seu coração e quando ia ser crucificado ele perguntou a seu pai qual era o sentido de sua morte por toda a humanidade sabendo que as coisas nunca mudariam. Com isso sabe-se que até mesmo Cristo duvidou de seus atos, mas os seus seguidores não gostam de rever a sua visão, ou poucos fazem isso a fé se tornou algo igual e tão cego quanto o ódio por exemplo? E quando estamos verdadeiramente amando algo/alguém seria a nossa fé igual, acredito que ai as coisas podem ser ainda piores pois o amor cura mas fere muito mais do que qualquer outro tipo de coisa neste mundo, nos fazendo perseverar em nossos sonhos mas também podendo nos fazer abrir mão de nossas próprias vidas para uma pessoa cética não cogita a possibilidade de amar cegamente/totalmente talvez isso soe vazio e fora de contexto. Mas para quem viveu ou vive isso entende cada letra nesta descrição, o mundo toma uma forma diferente quando nos encontramos movidos por algo assim, pode ser na forma da fé, do carinho por alguém, por alguma coisa e até por si mesmo ao perder tudo isso a terra a sua volta se torna ainda mais hostil, acabamos nos encontrando em um abismo sem igual, aonde se soma todos os conhecimentos ruins, angustia, falta de fé em todos os contextos, ódio, dor, remorso e solidão são apenas alguns exemplos da capacidade de se desencontrar. Então resumindo o meu raciocínio agora o que me vem à mente é uma coisa que Tim Maia ditou em uma de suas apresentações ao vivo antes de cantar a música Me Dê Motivo as quais eram essas “É... Engraçado às vezes agente fica pensando que está amando que está sendo amado e que encontrou tudo que a vida podia oferecer em cima disso agente constrói os nossos sonhos os nossos castelos e cria um mundo de encanto aonde tudo é belo, até que a pessoa que agente ama vacila e põe tudo a perder, põe tudo a perder!”
Levando em conta o contexto dessas palavras, pensamentos, sentimentos, argumentos e receios posso dizer que eu verdadeiramente tive uma vida intensa, que batalhei e acreditei que poderia ser diferente não só por e para mim, mas por alguém que verdadeiramente amei, sei que talvez o mundo pode me reservar alguém melhor do que essa pessoa, mas estou sentindo uma estafa tão grande em relação a essa vida aquele negócio de “saco cheio” que não estou com disposição nenhuma para esperar mais nada. Assim como qualquer outra pessoa tive os meus altos e baixos, sendo que a fase mais alta de minha vida foi à infância e não digo isso pela inocência e aquela coisa de não se ter a real noção das coisas a minha volta, mas pelo fato do mundo que me cercava ser algo leal, a maior parte das pessoas daquele lugar e daquele tempo em que vivi naquela pequena cidade do interior foi algo inexplicável, a pior parte da minha vida até um bom tempo atrás eu achava que era a época em que meu pai partiu em um momento onde estávamos caminhando juntos, lado a lado muito mais do que apenas pai e filho, mas isso não é nada se comparado a esta época em que vivo a minha própria partida conceitual/filosófica aonde eu descobri a minha capacidade de facilitar as coisas para mim desistindo e retribuindo toda a deslealdade de algumas pessoas para comigo, para tentar sanar qualquer tipo de desespero sendo a culpa minha seja por acreditar em um amor que parecia intransponível e extremamente resistente, sendo ele destruído de dentro para fora fazendo meus sacrifícios simples tentativas de erro. Podendo assim definir essa minha escolha miserável como “uma capacidade inocente de crer e tentar viver o que as pessoas a sua volta de pensamento unilateral não estão dispostas a aceitar” bem aquele negócio de Davi e Golias já conhecido da humanidade aonde a possibilidade de vitória mínima se tornou real, aprendi que as vitórias são feitas talvez na incapacidade de lutar de modo sincero e respeitoso por suas crenças, objetivos e sonhos. Sendo esta uma lição que eu NÃO quero aplicar nunca mais em minha vida, sendo assim sei que permaneço o mesmo inocente/insolente garoto de outrora, lembrando e cantando em pensamento a canção Sangrando de Gonzaguinha e para finalizar um dos pemas que fiz no tempo em que vivi esta experiência, tão forte e de mesma proporção tão frustrante;

T.J.

Direita e esquerda
Profundamente com clareza
Esfera brilhante, que irradia
A luz da manhã

Livre, estou. Livre, sim! Agora sou
Aos poucos abandonando os caminhos da dor

Descrever todo este amor, lembrar todo o calor
E aqui estou, sendo refeito por suas mãos
Das pequenas partes que me sobrou
Com você desbravando todo o meu torpor

Olhou-me, me respeitou, me amou
Transformou minha lógica e exatidão
Em um caminho de paixão sem comparação
Sendo assim me fazendo aprender o que muitos
Nunca aprenderão

Você é tudo, uma pequena/grande vida
Cheia de benção e compaixão
Uma estrela viva, que na terra caminha
Com a mais bela energia
Trazendo a mim minha salvação...


"Estou consciente de que tudo fiz, tentei para levar nossos caminhos para um único significado e propósito, mas aprendi com você o que uma pessoa nunca deve fazer e nem crer pois amar significa na verdade perder"