domingo, 31 de janeiro de 2010

Resenhando Mourning Sun


Fields Of The Nephilim - Mourning Sun

Para se falar da banda inglesa Fields Of The Nephilim, temos que falar primeiramente do seu atual líder Carl Maccoy que em sua vida musical sempre procurou abordar temas religiosos nas letras das bandas pelas quais passou ou montou. Neste álbum do Fields, apenas Maccoy participou ativamente do álbum, pois retornou com a banda sem o consentimento dos outros músicos incluindo Tony Pettitt baixista que também foi um membro ativo da banda durante muitos anos. Em Mourning Sun a proposta musical é quase que totalmente oposta a de outrora, se antigamente era um Gothic Rock/Metal com um pouco de Dark Wave agora é um Doom Metal atmosférico, cheio de uma áurea sombria e carregada de mistérios. Antigamente o que predominava nas canções do Fields eram a guitarra e o saxofone (o que não dá para acreditar, mas era assim mesmo, e as antigas composições também eram ótimas), agora o que tem a dianteira do som são os teclados sendo a voz de Maccoy um contraste interessante desse novo direcionamento da banda. O cd começa com a atmosférica Shroud (Exordium), uma canção com um início com aqueles corais de igreja, logo após abrindo caminho para alguns sussurros e linhas de teclado, com a voz de Carl entrando fazendo alguma citação depois vem choro de bebe e então entram os outros instrumentos que deixam a atmosfera da música ainda mais carregada. O que dá continuação ao álbum é a música Straight To The Light essa começa mais rápida com linhas de baixo muito interessantes, com o vocal gritado no começo da música, destaque também para as linhas de bateria da música ainda mais no meio da canção aonde bateria, baixo e teclados dão um contraste muito legal com algumas paradinhas. E então ressurge aquela aura atmosférica em New God Dawn, sendo está música também uma pequena ponte com o Fields de antigamente mais só que com uma cara mais atual destaques para as linhas vocais de Maccoy que nessa música cantou com a alma. Requiem XIII 33 (Le Veilleur Silencieux) é uma das canções de mais difícil digestão do álbum, pois é cheia de efeitos, com uma introdução de teclado bem singelo, guitarra limpa e lenta e as linhas vocais sussurradas. Eis então que entra uma das músicas mais rítmica e forte do álbum, Xiberia (Seasons In The Ice Cage) destaque para a bateria com linhas bem interessantes e viradas inteligentes, o baixo e os vocais bem variados também fazem um trabalho excepcional. She segue uma linha bem atmosférica e lenta também, sendo introduzida com o baixo e teclado os vocais bem limpos e mórbidos. Mourning Sun a faixa que dá nome ao álbum é a mais longa com quase onze minutos de duração, começa com alguns sussurros e com um som de guitarra bem legal, logo após entrando uma voz que prende o ouvinte, depois surge um coral feminino acompanhado de todos os instrumentos está música não tem um instrumento que se destaque mais, sendo essa a ultima música da versão normal do cd. A versão brasileira vem com uma música bônus com o nome In The Year 2525 sendo essa uma das mais pesadas do cd, tem um começo singelo com os dizeres “In the year 2525, 3535, 4545, 5555” logo após ficando bem rápida e rítmica como todo o resto do álbum a música é bem atmosférica e a voz de Maccoy nela está bem variado fechando o cd com chave de ouro. As composições têm os seus altos e baixos, mais ainda é um bom álbum com certeza o maior ponto negativo predomina no encarte pela falta das letras das músicas mesmo tendo um belo trabalho artístico, no todo o cd é nota 8.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Resenhando Alice In Hell


Annihilator - Alice in Hell

O que torna um álbum de uma banda nota 10? Uma capa bem feita que chame a atenção, músicos bons e músicas boas certo. Então este álbum que vou falar agora nasceu com a intenção de ser um dos melhores da história do Thrash Metal. Esta banda de nome forte Annihilator, banda canadense comandada pelo guitarrista Jeff Waters, conseguiu lançar um álbum muito acima da média logo no primeiro registro oficial. O álbum em si é o Alice in Hell que era para se chamar “Alice in Wonderland” que seria uma ironia com o livro “Alice no País das Maravilhas”. As músicas do álbum foram compostas por Jeff Waters, John Bates (vocalista), Paul Malek (bateria) e Dave Scott (baixo) no ano de 1984, que renderam três demo tapes: Phantasmagoria (1986), Welcome To Your Death (1986) e Alison Hell (1988). O álbum foi lançado em 5 de setembro de 1989, tendo sido gravado por Jeff Waters guitarra que também gravou as linhas de baixo, Randy Rampage nos vocais e Ray Hartmann na bateria, com uma capa assombrosa com uma garota em um lance de escadas, cheio de bonecas de pano pelos de grais da escada, uma na sua mão esquerda e uma vela na mão direita, com uma porta abaixo das escadas com uma das bonecas em pé com os olhos brilhando. O álbum abri com a música Crystal Ann, que é uma bela introdução com linhas de violão dedilhadas, logo após dando continuação vem à música mais obscura do cd Alison Hell que começa com uma linha de baixo que vai dando o tom sombrio à música, então vem às guitarras com algumas paradinhas, depois a música fica um pouco mais rápida e contagiante, com mais uma parada e um dedilhado de guitarra, logo após vem alguns riffs cortantes e então entra o vocal que dá o tom teatral da música por assim dizer. Está foi à música de trabalho do cd tendo um vídeo clip criado e passado durante muito tempo na MTV, logo após vem à música W.T.Y.D. (Welcome To Your Death), está bem rápida e com riffs cortantes e ríspidos, os vocais nervosos em certas horas gritados de Randy fazem o maior diferencial dessa música principalmente no refrão. Em seguida Wicked Mystic bem veloz com umas linhas de bateria muito técnicas e rápidas tendo umas viradas e paradas bem interessantes, as guitarras e o baixo ora são um pouco mais progressivos e em outros momentos são cheios de paradas outro destaque dessa música é o solos de guitarra que são sensacionais. Burns Like A Buzzsaw Blade começa com um curto solo de bateria logo depois acompanhado de riffs de guitarra e o baixo, com algumas paradinhas bem estranhas, mas bem feitas um vocal meio urrado em certos momentos de Randy dão um tom todo louco para a música. Word Salad começa com uns dedilhados de guitarra e depois ao entrar da bateria e do baixo fica bem cavalgada, com vocais poderosos a música tem ótimos riffs de guitarra no seu decorrer, sendo que em certas horas as guitarras tomam totalmente as rédeas da música. E então vem a primeira música instrumental do cd essa de nome Schizos (Are Never Alone) Parts I & II, a música começa sendo chamada por um efeito de guitarra, fica bem rápida logo após a bateria e o baixo fazem algumas paradinhas enquanto as guitarras vão soltando riffs poderosos, com alguns slides em algumas partes. A penúltima música Ligeia tem uns riffs mais simples e mais rápidos no começo, essa num tom que lembra bastante o Slayer com os vocais mais limpos transmite uma energia muito forte, com um refrão bem rápido e poderoso, solos insanos e um groove muito bacana. A ultima música do cd é uma das mais poderosas, Human Insecticide também com esse nome não poderia se esperar menos, tem uma linha de baixo bem interessante que dá um tom diferenciado para a música, junto com os vocais que nessa música se pode dizer que está cheio de ódio, riffs de guitarras bem ríspidos e slides nas paradas da música, uma bateria fora do comum também a música fecha de modo bem clássico o álbum. Cd recomendado na coleção de qualquer fã de Heavy Metal principalmente os fãs de Thrash, pois é uma aula de como se fazer músicas pesadas e de qualidade, na versão em cd remasterizada vem com três músicas bônus sendo elas Powerdrain (Demo), Schizos (Are Never Alone) Parts I & II (Demo) e Ligeia (Demo). Nota 10!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Resenhando Mentalize


"Antes de começar a resenhar este segundo álbum do Andre Matos tenho uma pequena observação a fazer. Bom na arte em si, todos sabem que existe o que chamamos de estilo é algo que defini um padrão de algo, vida, literatura, música e assim por diante. Na música a maior parte dos músicos e bandas seguem seus estilos, algo que eles se propuseram a fazer no começo de suas carreiras que com o tempo vão evoluindo dentro daquilo que criaram, sendo o Heavy Metal um dos estilos mais fechados do mundo, mesmo ele flertando com um monte de outros estilos músicas, muitas pessoas são contra qualquer mudança que venha a acontecer, sem contar que as próprias bandas tem medo de perder os seus status e fãs com as mudanças musicais em suas composições, mas esta lei não se aplica ao músico Andre Matos. Quando estava no Angra logo após o lançamento do álbum Fireworks, que mesmo tendo sido algo bem diferente do que haviam feito nos dois álbuns anteriores e a banda estar em alta, Andre, acompanhado do baixista Luis Mariutti e do baterista Ricardo Confessori deixaram a banda. Foi uma decisão arriscada pois, estavam em uma banda com 3 grandes álbuns, reconhecidos no mundo inteiro e ainda em ascensão com isso sofreram para começar a nova empreitada musical o Shaman. Mas em pouco tempo eles conseguiram se recuperar bem, lançaram o cd Ritual que foi um grande sucesso em nosso país, tendo sido este lançado pela gravadora Universal Music, tendo também a faixa Fairy Tale tocada na novela Beijo do Vampiro da rede Globo, mas não apenas de grandes gravadoras e telenovelas vive uma banda principalmente quando ela toca Metal, eles alcançaram tudo isso com um ótimo lançamento. A proposta ia de contra mão do que fizeram com o Angra, agora com só um guitarrista que foi a revelação Hugo Mariutti irmão mais novo do baixista Luis Mariutti, as músicas eram mais simples, sem tantas guitarras e inúmeros solos aqui e ali, a bateria e o baixo também com linhas mais simples e os teclados tomaram um grande espaço. Com uma mistura de Música Clássica e World Music ao seu som, ficou algo bem inovador, sendo que com o tempo alguns até chegaram a dizer que a banda havia criado o estilo Mystic Metal, o cd vendeu inúmeras cópias pelo Brasil, depois de um tempo foi lançado na Europa e também conquisto um público grande por lá. Logo após veio o CD/DVD Ritualive que era a compilação ao vivo do cd com duas músicas do Angra no repertório, uma do Avantasia e outro do Helloween, também participaram do show os músicos Tobias Sammet, Andi Deris, Michael Weikath, Marcus Viana, George Mouzayek e o produtor Sasha Paeth. Depois do lançamento do álbum ao vivo foram mais de 100 shows e três anos depois veio o segundo cd da banda, sendo esse de nome Reason, que mais uma vez mostrava mais uma faceta diferente de Andre Matos, Luis e Hugo Mariutti, Ricardo Confessori e o tecladista Fábio Ribeiro (que na banda era considerado um músico contratado). Esse com uma linguagem mais pesada, direta e obscura totalmente calcado no Heavy Metal Tradicional e com uma pitada de Rock Gótico em alguns trechos, com direito ao cover da música More da banda The Sisters of Mercy, sendo que o nome da banda também havia mudado para Shaaman. O álbum em si agradou bastante quem não tinha gostado do Ritual, mas ao mesmo tempo desagradou parte dos fãs do cd anterior, mas do mesmo modo a banda continuou em ascensão na América Latina e Europa. Em abril de 2006 a banda decide dar uma pausa nas atividades, alegando desgaste pessoal, devido a rotina sem pausas, dizendo parar para todos poderem se focar em alguns projetos paralelos para depois decidir o que fariam com o Shaaman, então no dia 10 de outubro de 2006 o baterista Ricardo Confessori solta a nota pelo fã clube da banda na época (For Tomorrow) que o que o Shaaman havia dado fim por definitivo nas atividades. Logo após isso os outros três integrantes da banda Andre Matos, Luis e Hugo Mariutti soltam uma nota dizendo que a decisão foi tomada primeiramente por Ricardo sem ao menos querer se sentar com os outros integrantes para resolver o impasse. Logo após a separação Andre Matos e os outros integrantes decidem começar a banda solo do próprio."


Escrever sobre o álbum Mentalize do Andre Matos é uma tarefa dificil, trata-se de mais um álbum polêmico do músico. Começando pelo encarte aonde ele tem inúmeros furos representando um labirinto e o cd tem a cor original, por um lado agradou a alguns que acharam a idéia inovadora e por outro desagradou a outros por ficar ruim de ler as letras das músicas principalmente. Se no primeiro cd Andre Matos em suas letras falou de liberdade neste ele desenvolve o assunto autoconhecimento e também aborda um pouco de Física Quântica, pois como o cd foi co-produzido por Corciolli ao invés de Roy Z (que produziu o cd Time To Be Free) um grande músico brasileiro reconhecido no cenário da New Age internacional e também proprietário da gravadora Azul Music, que teve uma participação ativa ao lado do Andre na criação das letras e da arte em si do cd. Agora musicalmente falando o cd traz mais surpresas e inovações que no álbum anterior a primeira é a bateria que desde algum tempo depois do álbum anterior havia sido assumida por Eloy Casagrande, as músicas em si estão mais diretas e mais curtas do que anteriormente. Começando com a tribal Leading On!, não sendo tão rápida assim, com riffs poderosos de guitarra e um vocal bem forte nesta música se percebe o talento do baterista Eloy, com uma levada muito bacana e rítmica. Quando se começa a música I Will Return uma grande surpresa, a música entra com um coral de vozes bem ao estilo de bandas de rock dos anos setenta como Queen e Journey, sendo o seu instrumental algo bem diferente com ótimas linhas de teclado e de voz principalmente, mas é a partir dela que a bateria cai num simplismo sem igual. Someone Else vem em seguida, lembra um pouco o álbum Reason do Shaaman, por causa da sua veia mais crua riffs mais pesados e o vocal do Andre bem rasgado e grave. Em Shift The Night Way pode-se perceber um pouco do que Andre Matos carrega do que fez com o Viper, essa música lembra e muito a sua primeira banda, principalmente as guitarras rápidas que fizeram um dueto sensacional nessa música. Eis então que surge a primeira balada do cd Back To You, uma bela balada com introdução de teclado e voz lembrando um pouco o seu trabalha com o Virgo, mas com uma cara menos comercial, com um ótimo refrão e um solo cheio de guitarra feeling, destaque para a voz e os backing vocals. Mentalize é uma música que dá para se chamar de um Power/Thrash Metal, composta por Andre e Hugo Mariutti, percebe-se que o guitarrista teve a idéia principal desta canção, pois os riffs de guitarra e o próprio andamento da música nos remetem a muitas bandas de Thrash Metal, com um instrumental muito forte e rápido, até mesmo com os backing vocals gritando “Mentalize” estilo as bandas de Thrash. A sétima música The Myriad com certeza remete o ouvinte aos tempos do Holy Land, tanto no instrumental, no solo de guitarra e nos vocais. Continuando temos a faixa When The Sun Cried Out, com uma introdução de vozes e uns riffs cortantes no começo, está outra música bem interessante, uma música que é uma Power Ballad pois logo após a introdução cai em uma coisa mais melancólica e lenta e depois cresce novamente uma música bem interessante as linhas de teclado e baixo são bem marcantes e parecem se completar em uma sincronia perfeita, as guitarras também estão bem afiadas principalmente na parte dos solos, as linhas de bateria em certa partes empolga bastante. Mirror of Me aos ouvidos de quem já ouviu Stryper a música More Than a Man tem um breve momento de nostalgia pois as bases em certas partes são parecidíssimas desta música lembra e muito, mas com um ritmo diferente, agora a música em si é bem rápida e com uma linha de guitarra e baixo bem interessante aonde o vocal se encaixa perfeitamente bem. Violence começa com uma introdução de teclado bem interessante que prende o ouvinte para querer ouvir o resto, a música tem um clima diferente algo que seria difícil se ouvir do Andre, pois ele verdadeiramente inovou nessa música, as linhas de vocal não são tão marcantes assim, mas os outros instrumentos se encarregam de carregar o clima da música, vale também ressaltar as linhas de teclado no meio da música logo após o refrão, quando todos os instrumentos param e fica somente os teclados. Logo depois vem uma balada muito interessante apenas piano e voz, assim como no cd Holy Land aonde se tinha uma curta balada de violão e voz, aqui pode-se dizer que o feito é repetido mas com uma roupagem diferente, com um piano e as linhas vocais soando mais calmas e não menos emotivas. Powerstream vem com tudo logo após a balada anterior, um Power/Speed Metal muito rápido e com uma linha bem ao estilo Viper, as linhas de guitarra dessa música são simplesmente matadoras. Eis então que chega a ultima faixa do cd uma música bônus para a versão brasileira (?), assim como no Time To Be Free aonde se tem a regravação da música Moonlight do Viper, aqui se encontra a regravação da música Don’t Despair do Angra, que muitos esperavam por essa regravação. Pois foi uma das músicas da banda que nunca chegou a ser lançada oficialmente, mas assim como na regravação do Viper, Andre Matos também fez inúmeras modificações, como modificar a altura do baixo e dos teclados e retirar muitas improvisações e firulas das guitarras da versão anterior, isso sem contar as linhas vocais que estão totalmente diferentes. Alguns amaram e outros odiaram esta nova versão. O cd tem alguns pontos altos e outros baixos, como sempre Andre Matos ousou e não teve medo, mas às vezes isso não cai como uma luva, ainda mais se comparado com o lançamento anterior aonde as músicas soavam mais coesas e a bateria um pouco mais trabalhada, agora nos cabe esperar pelo próximo lançamento e esperar por um novo petardo do músico, no final nota 7 para o álbum.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Resenhando Time To Be Free


Esta é a minha primeira resenha de um cd então vamos lá:

Andre Matos - Time To Be Free

Neste primeiro álbum deste grande músico da cena do Heavy Metal nacional percebe-se algumas diferenças de trabalhos passados, mas algumas semelhanças também, nas inovações a primeira foi os outros dois músicos que vieram a entrar na banda o guitarrista Andre Hernandes que tinha chegado a fazer parte de uma das formações iniciais do Angra, até um pouco antes do lançamento do EP Reaching Horizons e o baterista Rafael Rosa que chegou a participar dos primeiros shows e gravou as linhas de bateria do cd, logo após deixando a banda. Agora no quesito das letras do álbum Andre fala sobre um “Tempo Para Ser Livre”, algumas pessoas chegaram a imaginar e dizerem que ele talvez estivesse falando sobre a sua relação com o baterista Ricardo Confessori, ou até mesmo algo mais longínquo ainda que fosse em relação ao Angra. Mas muito pelo contrário ele fala sobre a quebra de paradigmas impostos em sua vida, tanto pessoais quanto profissionais, principalmente o profissional aonde ele fez um trabalho bem inovador. Partindo agora para as músicas como quase todos os primeiros álbuns que o Andre gravou o cd têm uma introdução, sendo está Menuett uma pequena orquestração que dura exatos quarenta e oito segundos, abrindo caminho para a música Letting Go que entra com o baixo, a bateria e o teclado aos poucos a música vai crescendo até então entrarem as guitarras, com um ritmo bem cavalgado uma linha de bateria bem rítmica entra os vocais junto, percebe-se que hoje em dia o Andre não presa mais tanto os agudos como em tempos passados, mas ainda assim passa uma energia bem forte no estilo que se propõe a fazer. Logo após vem a música Rio, com uma introdução de teclado e guitarra muito bacana, depois quando se entra os outros instrumentos percebe-se o peso desta música que com certeza é uma das mais pesadas do músico, a letra baseada no filme Cidade de Deus, fala sobre o atual estado da cidade em relação à violência e com um pequeno cutucão aos governos da cidade, que sempre quiseram mais e mais poder e não olharam para o estado em que se encontrava a cidade maravilhosa, e então chega à música Remember Why, com uma bateria que lembra um pouco a linha da música Holy Land do Angra, a música meio que dá uma esfriada nos ânimos, mas ainda é bem contagiante sendo o seu refrão muito interessante. Entrando com um efeito de respiração chega à música How Long (Unleashed Away), com uma linha de bateria, acompanhada da guitarra e os dizeres “I’m just trying to find me” o que mais chama atenção nessa música é o instrumental, principalmente as guitarras, o baixo e a bateria, pois ficou algo que faz o ouvinte assimilar ao Iron Maiden sem pensar duas vezes, o solo das guitarras nessa música também ficou muito bem dividido deixando a música muito contagiante, ela ao vivo com certeza deve ter um efeito poderoso. Looking Back é a primeira balada a aparecer no cd, com um ritmo bem diferente e qualquer coisa errada, pois a música não chega a chamar muito a atenção tanto no instrumental quanto no vocal. Mais uma balada em seguida Face To The End, está um pouco mais fácil de digerir e mais agradável, começa com uma introdução de teclado que lembra um pouco a música Innocence do álbum Reason do Shaaman, mas com um ritmo bem diferente, entrando logo após as guitarras, o baixo e a bateria, entrando por ultimo a voz de modo bem calmo, ficando um pouco mais pesada quando chega ao primeiro minuto e trinta segundos mas mantendo o mesmo ritmo do início. A terceira e ultima balada do cd está que leva o nome do álbum Time To Be Free, entrando com o teclado, a voz e o baixo sendo a balada com o maior feeling das três que constituem o álbum, com um ritmo e temática muito interessante sendo que essa vai crescendo aos poucos, fica um pouco mais rápida e pesada destaque para os teclados, o baixo e as linhas vocais. É chegada então à música mais Shamânica do cd por assim dizer, pois tem uma introdução tribal e que remete o ouvinte ao álbum Ritual do Shaman ou até mesmo a música In The Night do Reason a música no todo é muito interessante, esta é uma das faixas do cd que sabe-se que ainda havia sido composta com a banda anterior do Andre, mas a grande novidade aqui é os vocais guturais de Sander Gommans (Ex-guitarrista e vocalista do After Forever). A décima música pode-se dizer que é o fim de uma era, A New Moonlight é a regravação da primeira canção composta por Andre Matos ainda nos seus tempos do Viper sendo que a versão antiga só tinha o ultimo nome Moonlight aqui ela ganhou uma visão nova com algumas frases novas na letra e com alguns efeitos também, sendo que ela tem a introdução de piano criada em cima do inicio da 7ª sinfonia de Beethoven tornando a música bem dramática. Endeavour é a ultima música do cd que fecha com chave de ouro, a música começa de modo bem pesado com solos vibrantes, e uma linha vocal energética o nome da música em português significa esforço e a sua letra trata do esforço com o qual temos que conviver todos os dias de nossas vidas desde quando nascemos, a música termina com uma linha bem melódica no instrumental com um apelo muito forte dos teclados e com uns agudos. O cd em si é muito bom nota 9 para ele, pois o conjunto fez um primeiro registro muito bom.