domingo, 21 de maio de 2017

Resenhando Amber Galactic



Imagina quando você esta procurando por um som novo, precisando escutar algo que te traga uma nova (ou velha) visão musical. Isso pode ser dito dos caras do The Night Flight Orchestra uma banda que tem alguns membros que são de grandes grupos suecos como o Soilwork e Arch Enemy, constituído por Bjorn “Speed” Strid (vocais), Richard Larsson (teclados), Sebastian Forslund (guiatarra/percussão), David Andersson (guitarra), Jonas Kallsback (bateria) e Sharlee D’Angelo (baixo). Quem conhece os outros trabalhos destes talentosos músicos esperaria com certeza um som puxado para o Thrash/Death Metal ou algo mais como um Metal Tradicional, mas quando colocamos este novo álbum Amber Galactic (2017) para tocar que é o terceiro deste projeto, podemos escutar umClassic/Hard Rock que flerta com Pop e New Wave para quem já ouviu ou conhece bandas como Asia, Kansas, Kate Bush, Journey, Steve Perry, Santana, Bon Jovi e Europe vai adorar as harmonias e variações aqui contidas.Na primeira música “Midnight Flyer” começa com algumas palavras sussurradas e aquela aura cheia de teclados e sintetizadores, vocais bem encaixados limpos que desfilam bem em cima da cozinha e das guitarras, alguns momentos são mais tensos e pesados e outros tem aqueles coros legais para preencher algumas lacunas. Já em “Star of Rio” começa com uma linha de guitarra bem seca e isolada, sendo trazido consigo a bateria com uma virada simples e os sintetizadores ao fundo, com a entrada de um coral bem bacana que por sinal está espalhado por grande parte da música lembrando um pouco até mesmo o som do Kansas que também tem grande influência sobre a banda. Eis então que surge uma das músicas mais divertidas do álbum “Gemini” que ganhou um clipe bem engraçado, nesta canção da aquela vontade louca de cantar, dançar ou simplesmente acompanhar batendo os pés no chão lembrando demais o som dos compatriotas do Europe da década de 80 altamente recomendado para quem gosta das bandas daquela década. “Sad State of Affairs” já tem uma pegada mais séria, pesada e um pouco arrastada se comparada com sua antecessora com forte ênfase das linhas de teclados que aqui está bem destacado e dá o andamento da música, com direito de solo e algumas passagens bem Blues. Continuando temos então “Jennie” iniciada por teclados, traz aquele som cheio de paradas e viradas que se usava muito na década de 70 nos remetendo aquela aura, mas depois caindo em um refrão extremamente Pop mesmo sendo bem clichê porem com harmonias cativantes e que prendem o ouvinte. “Domino” tem uma pegada totalmente Blues com linhas de sintetizadores bem New Wave, com slides de baixo e com aquelas progressões que lembra muito as músicas que tocavam em discotecas. Em “Josephine” tem uma pegada que lembra demais aquelas grandes canções do Journey que eles costumavam tocar em arenas lotadas nos Estados Unidos, desde o ritmo da musica até mesmo a escolha das timbragens dos instrumentos e a forma de Bjorn cantar tudo lembra fazendo uma pequena homenagem vamos dizer assim. A seguir temos “Space Whisperer” essa já com uma pegada mais frenética, rápida, galopante e direta com direito a sussurros no meio de uma das passagens que causa uma grande expectativa no ouvinte, sem contar o solo de teclado, bateria e guitarra com direito a várias viradas e fraseados de baixo até cair novamente em seu refrão. Caminhando para o finalzinho do álbum temos “Something Mysterious” uma música bem cavalgada e cheia de nuances, com destaque para os vocais que estão bem atraentes, bem construídos e com um apelo emocional muito forte. “Saturn in Velvet” penúltima música começa bem intrigante com linhas de guitarras e teclado envolvente, vocais cabalísticos até que em 1:18 ela vai por um caminho mais reto e seco que depois cai ainda em um refrão mais divertido e dançante podendo se dizer que talvez esta seja a musica mais progressiva e longa de todo o álbum, sendo altamente recomendada aos amantes de bandas como Rush e Asia por exemplo. Fechando com chave de ouro temos “Just Another Night” sendo um compacto de tudo que foi apresentado antes com um pouco de influencia de música caribenha principalmente nas percussões e saxofone! Para concluir temos um grande álbum de Hard Rock com músicos vindos de escolas bem diferentes que aqui só querem apresentar um som divertido, mas ainda assim muito bem feito todos desempenham seus papeis com muito louvor sem deixar brechas ou lacunas vazias em parte alguma das canções, aqui temos aquele tipo de som que se pode ouvir a qualquer momento e em qualquer lugar seja sozinho no seu quarto ou em uma festa de família pois é relaxado e descontraído abordando os temas de forma sossegada e sem aquela seriedade que impera nas bandas de Metal e até mesmo de Hard Rock da atualidade. Altamente recomendado aqueles que gostam de músicas dos anos 70/80 pois tem muita influência daqueles tempos ao se ouvir, muitas bandas e canções nos vem a mente e até mesmo alguns refrões específicos de grandes clássicos o que torna o som mais rico e como eles se basearam em outros tempos e outras pegadas sendo até mesmo notado isso nitidamente nos clipes, com trabalho de fotografia e imagem dos tempos do VHS. Sendo este o único adendo é que para quem gosta de ouvir músicas nos fones de ouvido, pode soar um pouco incomodo pois não apenas neste mas nos outros dois que antecederam a ele tem uma gravação e remasterização bem alta para talvez deixar todos os instrumentos e vozes bem perceptível. Aqui está uma banda que começou com um bom lançamento e vem evoluindo dentro do que se propôs a tocar, todos os álbuns são altamente recomendados sendo este não apenas nota 10 mas o mais maduro dentro do seu catálogo.

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